Poeta curitibano Paulo Leminski é o grande homeneagado da FLIP 2025. Conheça!

O escritor paranaense Paulo Leminski será o homenageado da Flip 2025, que ocorrerá de 30 de julho a 3 de agosto em Paraty. A curadoria, novamente assinada pela livreira Ana Lima Cecilio (responsável pela edição passada em homenagem a João do Rio), optou por um autor de apelo popular. Leminski, segundo a curadora, buscava aproximar a literatura das pessoas, assim como o cronista carioca fez ao retratar todas as classes sociais em seus textos amplamente difundidos.

Nascido em Curitiba em 1944, Leminski é um nome mais contemporâneo que os últimos homenageados da Flip (João do Rio, Pagu, Maria Firmina dos Reis e Euclides da Cunha).

Com uma trajetória iniciada na poesia concreta, ele circulou pela contracultura como ninguém e manteve sua obra acessível, potente, virulenta, usando linguagem cotidiana, linguagem pop e humor.

O autor, que morreu em 1989 devido a complicações de cirrose, completaria 80 anos em 2024. Sua vida foi um foguete e merece ser celebrada!

Caprichos e Relaxos: sua obra mais conhecida

Caprichos e Relaxos (1983), de Paulo Leminski, é a obra mais famoso do autor. O livro, que se tornou best-seller logo na época de seu lançamento, contém os principais poemas de Leminski escritos até aquele momento e seria, de certa forma, a obra que consagraria o autor como um poeta reconhecido em nossa literatura brasileira.

Celebrado tanto pelos concretos quanto pelos marginais, Leminski tornou-se, agora, famoso de todo público com o lançamento de suas obras completas: Toda Poesia. No entanto, Caprichos e Relaxos é onde podemos melhor conhecer o poeta. O livro foi relançado pela Companhia das Letras em seu nome selo Poesia de Bolso.

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Os 4 biografados por Paulo Leminski: Jesus Cristo, Trótski, Cruz e Sousa e Bashô

Paulo Leminski é um dos poetas mais complexos e completos da literatura nacional. Seu pensamento é como um mosaico de referências culturais, sociais e artísticas que se misturam dentro de si e de todo seu projeto poético e intelectual. Ele não faz dialética, mas escreve como um atlas, uma mapa de referências que, tentacularmente, se alastra para todos os cantos e todas as esferas da escrita. Leminski é produto de estudo, pensamento, mas também de vida. Por isso, também olhou para ela, tanto a sua como a de outros. Vida, de Paulo Leminski é o resultado disso tudo.

Vida é a reunião das quatro biografias escritas na década de 80 por Paulo Leminski, livro lançado pela Companhia das Letras em 2013. Nele o autor faz uma breve-longa análise de quatro nomes bastante díspares de nossa história – o poeta Cruz e Sousa, o japonês fazedor de haikais Bashô, e os revolucionários Jesus Cristo e Trótski.

Em um longo exercício, resultado de intensa pesquisa, com 399 páginas, Leminski mapeia a vida e os principais feitos de cada um desses nomes, mostrando caleidoscopicamente que, de alguma forma, todos também são ele: o poeta marginal brasileiro, semi-concreto da década de 60. Afinal, o mundo é feito muitos.

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