Após analisar listas compartilhadas por especialistas, em grandes portais e nas redes sociais das editoras, trazemos aqui no Jornal Nota uma seleção de lançamentos prometidos para 2025 e que merecem sua atenção.
1 – “A CONTAGEM DOS SONHOS”, CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE
Mais de 10 anos após a publicação de seu último romance, “Americanah” , Chimamanda Ngozi Adichie retorna com a história de quatro mulheres vivendo na Nigéria e nos Estados Unidos, seus dramas familiares, ambições profissionais e dilemas românticos.
O livro sai em março pela Companhia das Letras em lançamento simultâneo no Brasil, Estados Unidos, Inglaterra e Canadá.
2 – “HISTÓRIAS DE AMOR NO NOVO MILÊNIO”, CAN XUE
Com tradução de Verena Veludo, a Editora Fósforo traz para o Brasil de forma inédita a escritora chinesa cotada mais de uma vez para o Nobel de Literatura.
Em “Histórias de amor no novo milênio“, um grupo de mulheres vive em um mundo de constante vigilância, onde informantes se escondem em canteiros de flores e falsas denúncias voam. Algumas tentam fugir – seja num misterioso bordel de jogos de azar, em casas que lembram antigos impérios labirínticos ou num emaranhado de túneis e galerias que existem no subsolo. Há quem procure refúgio em regiões onde as ervas medicinais chinesas e a sabedoria milenar podem confortar ou mudar a nossa vida, e quem procure aventuras de adultério, ilusão e entretenimento.
3 – “HOUIS”, KAMEL DAOUD
A Editora DBA publicará o romance vencedor da última edição do Prêmio Goncourt. O autor franco-argelino é uma das vozes mais importantes da literatura contemporânea de língua francesa. Nesse romance, investiga uma jovem argelina que precisa lembrar a Guerra de Independência, que não viveu, e esquecer a Guerra Civil dos anos 1990, a que de fato, vivenciou.
4 – “ISTAMBUL NOIR”, ORG. MUSTAFA ZIYALAN
“Istambul noir” faz parte da premiada série de antologia noir da Akashic Books. A ideia da série é reunir escritores locais que conhecem a fundo a cidade onde vivem, e propor a cada um que escreva um conto noir inédito. Publicado no Brasil pela Editora Tabla e com tradução de Rogério Galindo, o livro apresenta histórias de uma cidade ao mesmo tempo antiga e moderna, asiática e europeia, de lindos cartões postais e das mais brutais violências.
5 – “O CUSTO DO AÇÚCAR”, CYNTHIA MCLEOD
“O custo do açúcar”, que será publicado aqui no Brasil pela Editora Pinard, é um romance histórico que se passa durante o século XVIII, período da colonização holandesa no Suriname, país da autora. A história acompanha uma família judia dona de uma plantação de cana de açúcar e as pessoas ali escravizadas. Ao longo da trama, as hipocrisias da vida colonial vão sendo reveladas pelos olhos de duas irmãs, Elza e Sarith, cujas existências mimadas se entrelaçam com o destino das plantações, quando os escravos decidem lutar contra a violenta repressão que sofreram por tanto tempo.
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6 – “O JARDIM DAS OLIVEIRAS”, ADÉLIA PRADO
Assim como Chimamanda Ngozi Adichie, Adélia Prado retorna após mais de uma década após seu último livro de poemas, “Miserere“, de 2013. Em “O Jardim das Oliveiras”, que sai pela Editora Record, a autora mineira de 89 anos aborda exatamente a angústia que viveu nos 10 anos em que passou sem escrever.
7 – “SEM DESPEDIDAS”, HAN KANG
“Sem Despedidas”, da primeira autora sul-coreana a ganhar o Nobel de Literatura e com tradução para o português de Natália Tae Okabayashi, conta a história de uma escritora que viaja para a ilha de Jeju a pedido de uma amiga para resgatar um pássaro que ela diz ter sido deixado sozinho em sua casa. Logo, a romancista passa a ser confrontada com o passado doloroso da família dessa amiga em relação ao massacre de Jeju, que ocorreu na Coreia do Sul em 1948.
O título sai no primeiro semestre pela Todavia, editora que já publicou outras três obras da autora: “A vegetariana“, tradução Jae Hyung Woo, “Atos Humanos“, tradução de Ji Yun Kim, e “O livro branco“, tradução de Natália T. M. Okabayashi.
8 – “STELLA MARIS”, ELIAS KHOURY
2º volume da trilogia “Crianças do gueto” chega pela Editora Tabla com tradução de Safa Jubran. O 1º volume, “Meu nome é Adam“, narra a história de Adam, um intrigante vendedor de falafel, e, por meio da reconstrução da memória desse personagem, a própria história da Nakba e do povo palestino.
9 – “UMA HISTÓRIA DA VELHICE”, MARY DEL PRIORE
Historiadora responsável pela série “Histórias da gente brasileira” e por títulos como “Sobreviventes e guerreiras: Uma breve história da mulher no brasil de 1500 a 2000” e “História das Crianças no Brasil”, Mary Del Priore lança-se sobre a história da velhice no país com título pela Editora Vestígio.
10 – “XAMÃS ELÉTRICOS NA FESTA DO SOL“, MÓNICA OJEDA
Com tradução de Silvia Massimini Felix, a Editora Autêntica Contemporânea traz mais um título da escritora equatoriana conhecida por escrever narrativas intensas e perturbadoras, como “Mandíbula” e “Voladoras”.
“Xamãs elétricos na festa do sol” se passa no Ano 5540 do calendário andino. Noa decide fugir de sua cidade natal, Guayaquil, com sua melhor amiga, Nicole, para participar do Ruído Solar, um macrofestival popular que reúne anualmente, durante oito dias e sete noites, milhares de jovens – músicos, dançarinos, poetas e xamãs – aos pés de um dos muitos vulcões dos Andes. As famílias e a violência das cidades são deixadas para trás, e uma paisagem alucinante se desdobra, tremendo ao ritmo da música e das erupções vulcânicas sob um céu atravessado por meteoritos. Para Noa, essa será a primeira parada antes de ir ao encontro do pai que a abandonou quando criança e que, há anos, habita as florestas altas, um território onde também se escondem os desaparecidos, aqueles que um dia escalaram o Ruído e nunca mais voltaram para suas casas.
Outros títulos que também merecem atenção:
“Descolonizando a mente“, Ngũgĩ wa Thiong’o (Dublinense). “Grito“, Lu Xun, tradução Giorgio Sinedino (Editora 34). “Heptalogia“, Jon Fosse, tradução Leonardo Pinto Silva (Fósforo). “Katabasis”, R. F. Kuang (Intrínseca). “Kitchen“, Banana Yoshimoto, tradução Lica Hashimoto, Lui Navarro e Fabio Pomponio Saldanha (Estação Liberdade). “Meu Nome é Emilia del Valle“, Isabel Allende (Bertrand Brasil). “Os livros de Jacob“, Olga Tokarczuk, tradução Olga Baginska–Shinzato (Todavia). “Parade“, Rachel Cusk (Todavia). “Sir Lewis”, Michael Sawyer (Vestígio). “Tata“, Emily St. John Mandel (Intrínseca). “The emperor of gladness“, Ocean Vuong (ROCCO). “Utopia Autoritária Brasileira“, Carlos Fico (Planeta).
Revisado por Dáleth Costa.