10 livros indicados por Andréia Horta

A série Ilustre Leitor, promovida pelo Parque de Ideias, recebeu no dia 09 de julho de 2024, no auditório da Biblioteca Parque Estadual, no centro do Rio de Janeiro, a atriz Andréia Horta. No bate-papo, conduzido por Márcio Debellian, a artista comentou sobre o gosto pela leitura desde a infância, a publicação de seu livro de poemas em 2008 e os 10 títulos que foram fundamentais na sua formação. Posteriormente, os livros mencionados são doados ao acervo da biblioteca.

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Confira as indicações:

1.O coração disparado, de Adélia Prado

Sinopse: “Vencedor do Prêmio jabuti em 1978, O CORAÇÃO DISPARADO consagrou a autora como a voz mais feminina da poesia brasileira. Nele, Adélia aprofunda um dos temas que se tornariam marca de sua obra: a religiosidade. “A experiência religiosa é uma experiência poética. A poesia aponta para o mesmo lugar para onde a fé nos leva. São experiências de natureza comum. Tanto é verdade que a linguagem é a mesma. Os textos míticos são paradoxos, falam por metáforas, porque falam do indizível. A poesia é a mesma coisa”, explica Adélia.

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2. Um teto todo seu, de Virginia Woolf

Sinopse: Baseado em palestras proferidas por Virginia Woolf nas faculdades de Newham e Girton em 1928, o ensaio Um teto todo seu é uma reflexão acerca das condições sociais da mulher e a sua influência na produção literária feminina. A escritora pontua em que medida a posição que a mulher ocupa na sociedade acarreta dificuldades para a expressão livre de seu pensamento, para que essa expressão seja transformada em uma escrita sem sujeição e, finalmente, para que essa escrita seja recebida com consideração, em vez da indiferença comumente reservada à escrita feminina na época.

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3. Via Ápia, de Geovani Martins

Sinopse: Nesta engenhosa narrativa sobre os impactos da instalação da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na vida dos moradores da Rocinha, a trama é dividida em três partes: a expectativa com relação à invasão; a ruidosa instalação da UPP; e a silenciosa partida da polícia e a retomada dos bailes funk que fazem o chão da favela tremer. Em capítulos curtos, que trazem perspectivas cruzadas, o narrador nos conduz pelas vidas dos cinco jovens protagonistas ― suas paixões, amizades, dramas pessoais, ambições, frustrações, sonhos e pesadelos.

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4. 50 Contos de Machado de Assis

Sinopse: Um homem que tem o estranho prazer de torturar ratos, e encara a morte da mulher com a mesma satisfação; outro que, abandonado numa fazenda, se olha num espelho e descobre que seu reflexo desapareceu; uma mulher tão obcecada em esconder a idade que impede a filha de se casar; um afortunado compositor de melodias populares que deseja desesperadamente escrever música clássica; um rapazinho de quinze anos que se deixa empolgar pela visão dos braços de uma mulher mais velha; um casal empobrecido que adora dançar e termina esbanjando numa festa o prêmio ganho na loteria… Essas são algumas das situações e personagens desta nova antologia de contos de Machado de Assis, que inclui textos famosos, mas também escolhas menos usuais, além de uma apresentação convidativa e de notas esclarecedoras. Seja você um aficionado pela obra de Machado ou apenas um entusiasta da boa literatura, a amplitude e sutileza destes escritos, o prazer que se extrai da maneira como as histórias são contadas e da observação de pequenos detalhes vão fazê-lo ler, reler e redescobrir o maior escritor brasileiro.

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5. O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro

Sinopse: Obra magistral de Darcy Ribeiro, um dos maiores antropólogos brasileiros, “O Povo Brasileiro” é uma tentativa de compreender quem somos, o que somos e a importância do nosso país. Este clássico retrata o inconformismo pela desigualdade social e percorre a história da formação da civilização brasileira.

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6. Estação Carandiru, de Drauzio Varella

Sinopse: O médico Drauzio Varella relata dez anos de atendimento voluntário na Casa de Detenção de São Paulo, o maior presídio do Brasil, e mostra como um código penal não-escrito organizava o comportamento da população carcerária. Em 1989, o médico Drauzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Entre os mais de 7200 presos, conheceu pessoas como Mário Cachorro, Roberto Carlos, Sem-Chance, seu Jeremias, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís. Não importava a pena a que tinham sido condenados, todos seguiam um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária. Contrariá-lo poderia equivaler à morte. O relato de Drauzio Varella neste livro tem as tonalidades da experiência pessoal: não busca denunciar um sistema prisional antiquado e desumano; expressa uma disposição para tratar com as pessoas caso a caso, mesmo em condições nada propícias à manifestação da individualidade.

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7. Ninguém Quis Ver, de Bruna Mitrano

Sinopse: Com sensibilidade brutal e contundente, Ninguém quis ver aprofunda reflexões sobre a vida à margem, condição relacionada à desigualdade de gênero, mas também ao contexto geográfico e social. Nascida na periferia do Rio de Janeiro, Bruna Mitrano faz parte de uma nova geração de autoras que têm reinventado a linguagem poética.

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8. Crime e Castigo, de Dostoiévski

Sinopse: Neste livro, Raskólnikov, um jovem estudante, pobre e desesperado, perambula pelas ruas de São Petersburgo até cometer um crime que tentará justificar por uma teoria: grandes homens, como César ou Napoleão, foram assassinos absolvidos pela História. Este ato desencadeia uma narrativa labiríntica que arrasta o leitor por becos, tabernas e pequenos cômodos, povoados de personagens que lutam para preservar sua dignidade contra as várias formas da tirania.

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9. Mulheres Que Correm Com Os Lobos, de Clarissa Pinkola Estés

Sinopse: Ao investigar o esmagamento da natureza instintiva feminina, Clarissa descobriu a chave da sensação de impotência da mulher moderna. Seu livro, Mulheres que correm com os lobos, ficou durante um ano na lista de mais vendidos nos Estados Unidos. Abordando 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, Estés mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Segundo a analista, a exemplo das florestas virgens e dos animais silvestres, os instintos foram devastados e os ciclos naturais femininos transformados à força em ritmos artificiais para agradar aos outros. Mas sua energia vital, segundo ela, pode ser restaurada por escavações psíquico-arqueológicas’ nas ruínas do mundo subterrâneo. Até o ponto em que, emergindo das grossas camadas de condicionamento cultural, apareça a corajosa loba que vive em cada mulher.

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10. As Mulheres de Tijucopapo, de Marilene Felinto

Sinopse: Escrito em 1982, quando a autora tinha 22 anos, o livro narra a viagem de retorno da narradora Rísia a Tijucopapo, localidade fictícia onde sua mãe nasceu, que evoca a história real de Tejucupapo, no Pernambuco. No século XVII, a cidade foi palco de uma batalha entre mulheres da região e holandeses interessados em saquear o estado. Nas entrelinhas de As mulheres de Tijucopapo, conta-se a história das mulheres guerreiras de Tejucupapo. O livro se constrói como um fluxo de consciência literário cujo teor histórico, feminista e antirracista se evidencia no trajeto que a narradora faz de volta a essa terra mítica, iluminando as contradições inerentes à sociedade e à cultura multirracial brasileira.

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