Um pouco das referências literárias na abertura das Olimpíadas de Paris. O Jornal Nota assistiu atentamente e separou alguns livrs que foram citados durante a apresentação acontecida na beira do Rio Sena.
E aí, o que você achou da abertura das Olimpíadas? Deixe nos comentários!
Romanças Sem Palavras, de Paul Verlaine
Romanças sem Palavras é um exercício espiritual que busca o silêncio após uma relação vertiginosa, marcada por fugas, entrega e abandono, ternura e violência, fidelidade e traição. É um livro admirável, atravessado por essa tormentosa convulsão que culminou na rimbaudização de Verlaine e na verlainização de Rimbaud.
Não se brinca com o amor, de Alfred de Musset
O livro é o texto dramatúrgico da peça que conta a história de um jovem que Perdican volta para o castelo do pai no mesmo dia em que chega a sua prima Camille. O Barão, pai do jovem, combinou este reencontro: ele está decidido a casar os jovens, que se amam desde o berço.
Bel Ami, de Guy de Maupassant
Um romance que explora temas como hipocrisia na sociedade e as atitudes em relação à riqueza, ao poder e ao oportunismo. O protagonista é Georges Duroy, ambicioso e sedutor, que sobe ao topo da sociedade parisiense, graças à ajuda de suas amantes e do conluio com o poder.
Paixão Simples, Annie Ernaux
“Paixão Simples”, da Annie Ernaux, autora francesa que ganhou o prêmio Nobel de literatura em 2022. “Paixão simples” é um dos mais ambiciosos por sua tentativa de dar conta da radicalidade da experiência de se apaixonar.
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Sexo e Mentiras, de Leïla Slimani
Leïla Slimani dá voz às jovens mulheres marroquinas que lutam contra uma cultura árabe conservadora que ao mesmo tempo condena e mercantiliza o sexo.
O diabo no corpo, de Raymond Radiguet
Em meio ao sofrimento das trincheiras da Primeira Guerra Mundial, a jovem esposa de um soldado em batalha inicia um caso com um adolescente de dezesseis anos, o narrador deste O diabo no corpo. O envolvimento entre os dois vai se tornando mais sério.
Ligações perigosas, de Choderlos de Laclos
Os escândalos de Marquesa de Merteuil e do Visconde de Valmont em suas conquistas amorosas. Mas sua grande força está na poderosa ironia com que o autor retratou as motivações emocionais mais profundas de seus personagens, bem como os costumes e as instituições de seu tempo
Os amantes magníficos, de Moliére
Dois príncipes rivais, oferecem todo o tipo de galanterias a uma jovem princesa e à sua mãe. O cenário englobaria os jogos Píticos. O ambiente é o da Grécia Clássica que, por comparação, serve para enaltecer o mundo de então. A cena passa-se em Thessália, no “delicioso vale” de Tempé.
O triunfo do amor, de Catherine Rihoit
Isabelle tem a inconsciência e a esperança da juventude. Amada pela liberdade, ela procura “bicos” e se junta à família Mollard para cuidar de um velho impotente, Désiré. Perto da morte, Désiré encontra na jovem uma confidente. Ele lhe revela os segredos da família Mollard – gente tortuosa cuja história não é contada em linha reta.
Os Miseráveis, de Victor Hugo
A noite foi estruturada em torno de 12 pinturas que ilustram grandes temas. No caso, a da Liberdade foi representada através do musical de “Os Miseráveis”, clássico da literatura francesa que, na peça teatral, tem libreto de Alain Bubil e direção de Ladislas Chollat. A menção também ao quadro do Delacroix.
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