O filme que entendemos o motivo real para a existência dos Jogos Vorazes
Veio aí o quinto filme da franquia de “Jogos Vorazes” com 2h46min para felicidade geral da nação fanática da saga e para puro entretenimento do restante.
Este é um filme de origem do “vilão” que pelo menos não falha em tentar humanizá-lo. Claro que sentimos empatia e até torcemos por ele em alguns momentos. Dividido em três partes e sessenta e quatro anos antes do primeiro filme, acompanhamos a jornada do jovem Snow que é interpretada pelo ator inglês Tom Blyth, na décima edição dos Jogos Vorazes que ainda não é completamente igual ao que conhecemos no primeiro filme.
Para disputar o prêmio Plinth (uma bolsa de estudos para cursar a Universidade) todos da sua turma da Academia precisam se tornar mentores de um tributo, Snow então é escolhido para ser mentor de Lucy Gray Baird do distrito 12. Depois que seu pai foi morto por rebeldes durante a guerra, a família, que antes tinha um nome de grande força na sociedade, passa por uma situação social e financeira muito delicada e eles precisam desse prêmio. Até então essa motivação é o que nós faz torcer pelo vilão que ainda não é vilão. O que ocorre é que nessa vontade de ter sucesso ele acaba rompendo algumas barreiras morais que não são tão relevantes, mas que somadas ao todo mostram quem ele é de verdade e aos poucos vai formando seu novo pensamento de mundo e sistema em que vive.
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Em poucas palavras ele vai se corrompendo com o meio ainda que a maldade já estivesse disposta a ele.
O interessante na obra está em podermos saber as minúcias da criação dos jogos vorazes e também das associações aos outros filmes como a música “A árvore-forca”.
Sobre o elenco podemos reverenciar a grande Viola Davis que está deslumbrante e perversa no papel de Dra. Volumnia Gaul, assim como Peter Dinklage que despensa comentários já que se é necessário algum personagem irônico, centrado e capcioso escolha é ele sem dúvida. Lucy interpretada por Rachel Zegler (Amor, sublime amor) é obstinada e encantadora, ela já surpreende no momento da colheita com seu canto e conquista não só parte do público como também o próprio Corionalus.
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As sequências de ação estão de bom tom e muito bem trabalhadas, aqui o foco maior é na história. O Estúdio poderia muito bem ter dividido este filme em pelo menos dois porque acredito que faria sucesso, mas achei inteligente deixar este livro ser adaptado em apenas um filme porque seu valor aumenta, apesar de achar que ele poderia ter no máximo 2h de duração.
Por fim, é um filme que muitos fãs podem estar com pé atrás por se tratar de um prelúdio, mas que podem se orgulhar e se deliciar mais um pouco com o universo da Suzanne Collins nas telas.
Veja o trailer completo: