Encantadores ensaios fotográficos de formaturas de crianças de comunidades ribeirinhas

Professoras do norte do país encontraram uma forma peculiar e encantadora para celebrar a conclusão do ensino infantil dos alunos de escolas de comunidades ribeirinhas.

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Um dos ensaios foi da turma da comunidade Tabuleiro, localizada às margens do rio Juruá, em Carauari, no Amazonas, ainda em 2020, idealizado pela professora Laura Viviane Almeida da Silva. Foi dentro de uma canoa que a educadora colocou seus alunos de becas, todos alfabetizados, para uma sessão de fotos.

Os alunos da Escola Municipal Milton Monte, localizada na Ilha da Várzea, no rio do Aurá, no interior do Pará, também participaram de um ensaio organizado pela professora Eliana.

Outro ensaio aconteceu dentro de uma canoa à beira do Rio Acarajó, em Abaetetuba, no interior do Pará. A imagem viralizou após a postagem da docente nas suas redes sociais. O ensaio encantou os internautas e rendeu elogios à dedicação dos professores. As fotos foram realizadas por Danúbia Rodrigues, fotógrafa amadora, que colaborou para registrar a iniciativa da professora Regina Maciel.

“Estávamos fazendo as fotos com as crianças com o fundo branco, para elas levarem de recordação, quando vi que havia uma canoa parada na frente e tive a ideia de usá-la também. As crianças adoraram, até porque é uma coisa que faz parte do dia a dia delas.”, explicou Regina.

Na imagem, as crianças de beca azul, entre a idade de 6 a 8 anos, e ao fundo aparece a Escola Municipal de Ensino Infantil e Ensino Fundamental 8 de Dezembro, erguida sobre uma palafita. Mesmo em condições adversas, pouca estrutura e vários desafios, a professora e os estudantes utilizam os barcos como forma de transporte, chegando a levar em torno de 40 minutos para o deslocamento. Alguns pais preferem usar as canoas a remo para levar os filhos à escola, tornando o percurso mais longo e cansativo.

“A gente queria refletir a realidade desses alunos. Mesmo tendo transporte escolar, muitos pais preferem levá-los nos cascos (canoas) pelo fato de serem muito pequenos. Isso faz parte da realidade deles, remete a todo sacrifício que essas crianças fazem saindo cedo de casa para estudar”, explicou a educadora. Emocionada, ela ainda comentou que a ação é uma forma de estímulo aos estudos: “Queria valorizar o esforço deles. Mostrá-los de beca na canoa demonstra que eles podem ter um futuro.”


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