“Um romance de ficção em poucas páginas, mas que passa uma grande mensagem de amor e respeito ao próximo.” É assim que Cícero Santos define o seu romance “Cartas para o futuro – o amor nunca morre”, recém publicado pela Lura Editorial.
O livro conta a história de dois jovens que moram em uma cidade pequena e, ao se conhecerem na escola, se apaixonam e passam a viver as vicissitudes de uma relação homoafetiva, em um lugar entranhado de preconceitos. Ben Smith e Cristian Miller, personagens principais do romance, vem de contextos completamente diferentes: Ben é um rapaz negro, de classe baixa e que está na escola por conta de uma bolsa de desempenho. Por outro lado, Cristian Miller é um jovem de posses, recém-chegado à cidade e cujos pais coordenam uma igreja neopentecostal.
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O Jornal Nota realizou uma entrevista com o autor que você pode conferir aqui:
Leia alguns trechos da conversa:
Luiz – Cícero, conte um pouco sobre o papel da escrita em sua vida.
Cícero – Em primeiro lugar, posso destacar que a leitura sempre foi uma parte essencial da minha vida desde criança. Através dos livros, descobria mundos fascinantes, personagens inesquecíveis e ideias transformadoras. Essa experiência de ser transportado para universos imaginários despertou meu desejo de criar minhas próprias e, eventualmente, de me tornar um autor.
Outra fonte de inspiração significativa são as experiências pessoais e profissionais no momento de escuta e observação com as quais me deparei ao longo dos anos em sala de aula. Cada encontro, cada história de vida, tem o poder de transmitir emoções profundas e ligações valiosas. Eu encontro inspiração em minhas jornadas, desafios e conquistas, e muitas vezes enxergo potencial para transformar vivências em narrativas cativantes.
Além disso, a observação do mundo ao meu redor é uma fonte inesgotável de ideias. Questões sociais, dilemas éticos, avanços tecnológicos e mudanças culturais são apenas alguns exemplos do que pode instigar minha imaginação. Acredito que escritores tem a responsabilidade de refletir sobre a sociedade e levantar questionamentos por meio de suas obras.
L – Quais os temas centrais de “Cartas para o Futuro” e por que você escolheu escrever sobre eles?
C – O preconceito de raça, cor e identidade de gênero, religiosidade, a luta para vivenciar o amor entre duas pessoas do mesmo sexo, o amor materno, a amizade verdadeira, em fim todas as fragilidades do ser humano que vive a própria essência.
Eu escolhi este tema porque é um tema atual e relevante, algo frequente que as pessoas enfrentam no seu dia a dia em pleno século XXI, e quero levar uma reflexão profunda às pessoas sobre suas ações perante a sociedade e mostrar que o amor é a chave para lutar contra o preconceito.