‘Contar para viver’: campanha destaca a importância de lembrar a História para combater o ódio e a intolerância

No Dia Internacional da Memória do Holocausto, 27 de janeiro, o Museu do Holocausto (Curitiba), com a parceria da Confederação Israelita Brasileira (CONIB) e da UNESCO com a Capuccino Digital, lançou a campanha ‘Viver Para Contar. Contar Para Viver’.

A campanha destaca a importância de preservar a memória do Holocausto e as consequências de seu apagamento na atualidade. “O Holocausto é um episódio sem precedentes na História e que nunca irá acontecer de novo, mas se esquecermos ou negarmos o que aconteceu, esse vazio abre espaço para novos tipos de violência, ódio e intolerância. Manter estas histórias vivas é essencial. É preciso mais do que um basta. Precisamos de um nunca mais”, ressaltou Vitor Elman, copresidente da Cappuccino Digital.

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Entre os participantes da iniciativa, estão os sobreviventes do Holocausto Ruth Sprung Tarasantchi, Gabriel Waldman e Joshua Strul, assim como vítimas brasileiras de ódio e intolerância nos dias atuais – André Baliera, Odivaldo da Silva, e Naiá Tupinambá.

Cabe ressaltar que no Brasil, casos de violência, resultado de ódio, preconceito, discriminação e intolerância, têm crescido no país. Segundo estudos, 49% das publicações sobre Holocausto no Telegram nega ou distorce fatos. Os crimes de ódio na internet aumentaram quase 70% no primeiro semestre de 2022. Denúncias de intolerância religiosa cresceram 141% em 2021. O número de casos de apologia ao nazismo passou de 72 em 2015 para 1.117 em 2022.

“O objetivo dessa campanha não é de nenhuma maneira equiparar o Holocausto a questões atuais. Um dos objetivos é trazer essas lições para os dias de hoje”, explicou o coordenador do museu, Carlos Reiss.

A inspiração surgiu da necessidade de contar para que as pessoas não se esqueçam e os fatos não se repitam. Além disso, alerta o site, os sobreviventes do Holocausto, que têm, em média, 84 anos de idade, deixarão de existir em alguns anos, e manter suas histórias vivas é urgente. “Preservar suas memórias é lutar contra o ódio, que persiste e alimenta crimes no presente”.

A iniciativa ainda faz um chamado: Adote uma história. Com isso, há a possibilidade de ser compartilhada nas redes sociais. CLIQUE AQUI para visitar o site.

Conheça algumas histórias:

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