Universidade Estadual do Maranhão forma a primeira turma de professores indígenas

Recentemente, a primeira turma indígena Yanomami concluiu o ensino superior no curso de Licenciatura Indígena: Políticas Educacionais e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal do Amazonas. Dessa vez, a boa notícia veio do Maranhão.

Leia também: Primeira turma Yanomami conclui curso superior pela Universidade Federal do Amazonas

A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), por meio do Programa de Formação Docente para a Diversidade Étnica da UEMA – PROTENOS, formou a primeira turma no curso de Licenciatura Intercultural para Educação Básica Indígena nas áreas de Ciências Humanas, Ciências da Linguagem e Ciências da Natureza. No começo do mês de outubro, ocorreu a cerimônia de Colação de Grau do Curso com quase 60 formandos dos povos Guajajara, Krikati, Gavião e Kanela. A solenidade contou com a presença de autoridades, coordenadores, professores e convidados.

Em seu discurso, o reitor da UEMA, Gustavo Pereira da Costa exaltou a o papel da universidade e da educação pública. A formanda Inai’ury Carneiro enfatizou: “nós indígenas podemos estar onde a gente quiser, em qualquer lugar, seja em universidades, seja em escolas, em qualquer área que a gente quiser exercer, pois não somos melhores, nem piores do que ninguém e somos capazes de realizar todos os nossos sonhos e hoje estamos aqui dando a resposta para quem duvidou ou questionou a nossa presença dentro da universidade”.

Já o paraninfo Aldir Santos de Paula destacou na sua fala que “os professores indígenas, em suas respectivas áreas têm um desafio: não esquecer os valores do seu povo, não esquecer a ciência construída pelos seus antepassados, não esquecer que a luta pela terra é essencial para a manutenção e preservação da cultura e da língua, já que nos tempos atuais o isolamento físico e cultural, nem sempre é possível, mesmo que alguns assim o desejem. Ao mesmo tempo, como um exercício permanente, os professores devem estar atentos as narrativas de fora das aldeias, que permitam o contínuo diálogo não só com os demais povos indígenas, mas também com a sociedade nacional”.

A UEMA desempenha o compromisso social em reconhecer a resistência histórica dos povos indígenas e estabelecer uma educação mais inclusiva e plural com a proposta de uma Licenciatura Intercultural específica e diferenciada aos povos indígenas no Maranhão. Já o PROETNOS tem como objetivo formar e qualificar indígenas e quilombolas para assumirem o processo de escolarização em seus territórios, levando à construção de autonomias educacionais à comunidade.

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1 comentário

Félix Miguel Fleituch dos Santos 6 de novembro de 2022 - 14:58
Parabéns aos formandos que Deus abençoe 🙏 a educação é fundamental para o desenvolvimento da sociedade.
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