10 livros do indígena Daniel Munduruku para você conhecer!

A escrita como transformação e conscientização da sociedade também deve estar no publicações dos livros daqueles que primeiro habitaram nossa terra. Principalmente, quando buscamos referências no resgate da cultura oral, como a dos indígenas. É este o caso de Daniel Munduruku, escritor indígena que todo mundo deveria conhecer. Fizemos uma seleção de livros que trazem o protagonismo, a visão, pensamentos, ideias, críticas e a história de um povo com cultura própria.

O escritor Daniel Munduruku, nasceu em Belém, PA, filho do povo Indígena Munduruku. Formado em Filosofia, com licenciatura em História e Psicologia, integrou o programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na USP. Lecionou durante dez anos e atuou como educador social de rua pela Pastoral do Menor de São Paulo. Ganhador do prêmio Jabuti, esteve em vários países da Europa, em conferências e ministrando oficinas culturais para crianças. Tem livros premiados com a Menção de livro Altamente Recomendável pela FNLIJ. Além de receber da Unesco: Menção honrosa no Prêmio Literatura para crianças e Jovens na questão da tolerância.

O NotaTerapia separou 10 livros indígenas de Daniel Munduruku, 9 deles publicados pela Global Editora, para você conhecer

Sabedoria das águas
 

A história vivida pelo índio Koru prende a atenção. A narrativa envolve pela determinação do personagem na busca da verdade. Durante uma caçada, Koru passou por uma estranha experiência na clareira das árvores.

Você lembra, pai?
 

 

Como uma conversa, o autor, Daniel Munduruku (do povo indígena Munduruku), conta sobre a forte presença do pai em sua vida. A narrativa segue a linha do tempo.Um percurso pela memória, marcado por muitos momentos juntos, por ensinamentos, descobertas. Uma declaração. Sobre a relação entre pai e filho construída e fundamentada em princípios comuns — respeito, admiração, cuidado, carinho, limites. Uma declaração de amor aos pais.

Contos Indígenas Brasileiros
 

 

Os oitos contos selecionados pelo autor, a partir de um critério linguístico, têm a intenção de retratar, através de seus mitos — o roubo do fogo, a origem do fumo, depois do dilúvio, entre outros -, a caminhada de alguns de nossos povos indígenas do norte ao sul do país — Guarani, Karajá, Munduruku, Tukano, entre outros. A leitura dessas histórias dá às crianças uma rica visão de nossa herança cultural.

A palavra do Grande Chefe
 

 

Em 1854, o presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce, fez uma oferta aos povos indígenas Duwamish e Suquamish para comprar grande parte de seus territórios. Oferecia, em contrapartida, a concessão de uma outra reserva. A resposta do líder Noah Sealth, mais conhecido como Chefe Seattle, ao Grande Chefe de Washington, transformou-se em um documento valiosíssimo e ainda hoje impressiona e emociona pela surpreendente atualidade. Nesta publicação da Global Editora, Daniel Muduruku e Mauricio Negro recuperam as palavras proféticas do grande líder e criam, numa narrativa em primeira pessoa, um texto sensível e ricamente ilustrado.

Leia também: Mais de cem escritores assinam carta em prol do escritor indígena Daniel Munduruku na ABL

O banquete dos deuses
 

 

O livro reúne uma série de artigos escritos pelo autor em que ele, como educador, exprime sua principal preocupação: a necessidade de uma educação libertadora, que eduque para a vida e valorize a cultura indígena, sem deformá-la. A cultura da qual descendemos e que faz parte do nosso cotidiano, pois todos nós somos o alimento do banquete dos deuses.

Parece que foi ontem
 

 

Simplicidade. Sabedoria. Valores aprendidos em comunhão. Daniel Munduruku viveu e vive esses valores e, com muita simplicidade e sabedoria, nos conta um pouco de seu exercício de pertencimento. O livro permite também uma experiência bastante diferente — uma viagem por um novo código: a língua dos Munduruku.

Outras tantas histórias indígenas de origem das coisas e do Universo
 

 

Quatro histórias são recontadas pelo autor. Duas tratam da origem do fogo, uma do mito do povo Tariano, do Amazonas, e outra do mito do povo Bororo, de Mato Grosso; uma terceira sobre a origem do Universo, mito do povo Aruá, habitante da região de Rondânia, e uma quarta sobre a origem do povo Kaiapó, habitante da região do Pará.

A primeira estrela que vejo é a estrela do meu desejo e outras histórias indígenas de amor
 

 

“A estrela das águas”, “Candiê-Cuei”, “Só o amor é tão forte”, “A primeira estrela que vejo é a estrela do meu desejo” e “O perfume enlouquecedor”, cinco histórias que, segundo o autor, Daniel Mundukuru, são para serem lidas com o coração. A leitura dessas narrativas indígenas possibilita o resgate de outras histórias afetivas do universo do aluno-leitor.

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A caveira-rolante, a mulher-lesma e outras histórias indígenas de assustar

 

As histórias, permeadas de mistério, prendem a atenção pela maneira como são contadas e, ao mesmo tempo, possibilitam uma reflexão sobre a relação do homem com os outros seres da natureza.“Os caçadores e o Duende Arranca-Olho”, “O duende de olhos postiços”, Kanoé ” A história do morcego”, “A mulher-lesma”, “A caveira-rolante”, As amantes feiticeiras” são seis histórias de diferentes povos indígenas Tukano, Ajuru, Macurap, Tembé, Karajá.

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O Karaíba: Uma História do pré-Brasil

Antes da chegada dos colonizadores europeus, os habitantes do Brasil eram organizados, tinham sua vida estruturada e tiravam proveito da exuberante natureza que os cercava. Nessa narrativa cheia de aventura, poderemos imaginar um pouco sobre quais eram seus amores, seus dramas e suas ansiedades em relação ao futuro. Daniel Munduruku diz que: “Este romance procura reconstituir um pouco da cultura pré-cabraliana. Não está completa. Há muitos estudos científicos que podem ajudar-nos a compreender melhor o que aqui foi contado. Caberá ao leitor e à leitora completarem essa história. Ela termina quando começa a história narrada pelos invasores”.

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