A origem da expressão “casa da mãe Joana” veio de uma nobre de Nápoles. Você sabia disso?
O acadêmico português Teófilo Braga dá conta de que a mulher em questão é a nobre Joana I de Nápoles. Ela nasceu em 1325, governou não apenas Nápoles (na época, as comunas italianas eram reinos independentes) como obteve também os títulos de condessa de Provença e princesa de Acaia, uma província que hoje corresponde aproximadamente ao território da Grécia.
Em meio a disputas pelo trono, acusaram Joana de tramar a morte de seu marido, o príncipe húngaro Andrew. Foi então viver em Avignon, no Sul da França. Em uma atitude desafiadora à Igreja Católica, a rainha Joana regulamentou os bordéis daquela cidade. O decreto real estabelecia que “o lugar teria uma porta por onde todos possam passar”.
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Os portugueses, tomando conhecimento do decreto, designaram então os prostíbulos como paço-da-mãe-Joana. Chegando ao Brasil, a expressão torna-se “casa da mãe Joana”, não só para se referir às casas de prostituição, mas como qualquer lugar onde não existe ordem, lei, regulamento, onde qualquer um faz o que bem deseja, local cheio de balbúrdia.
A mãe Joana era gentil, pagava salários, dava comida e cuidava para que as prostitutas não fossem agredidas, o que lhe rendeu a fama de mãezona das meretrizes. Joana era uma mãe para as meretrizes, por isso tudo mundo conhecia os bordeis como “casa da mãe Joana”.
Como morreu a “mãe Joana”?
Assassinaram Joana em 1382. Maria de Blois , esposa de Luís I de Anjou, afirma que Joanna foi morta por quatro homens, presumivelmente húngaros, com as mãos e os pés amarrados e sufocados entre dois colchões de penas. Levaram o seu corpo para Nápoles, onde por vários dias foi exposto ao público como prova de sua morte.
Como Urbano VI excomungou Joanna, a Rainha não pôde ser consagrada em propriedade da Igreja e foi, portanto, jogada em um poço profundo no terreno da Igreja de Santa Chiara.
E aí, gostou de conhecer a origem da expressão “casa da mãe Joana”?