Quem nunca leu um romance água com açúcar de banca que atire a primeira pedra. Principalmente quando são romances que marcaram tantas gerações de leitoras como é o caso da Biblioteca das Moças. A Biblioteca das Moças foi uma coleção de romances publicada pela Companhia Editora Nacional, no Brasil, entre 1920 e 1960, especializada em literatura para jovens mulheres. A coleção era composta por cerca de 180 volumes, compreendendo romances de vários autores, a grande maioria assinada por M. Delly.
“O livro exerce sobre mim uma atração física” (MINDLIN).
Publicados entre 1920 e 1960 pela Companhia Editora Nacional, de São Paulo, com a reedição de alguns exemplares nos anos 80. Os romances geralmente eram ambientados na França e possuíam enredos com estrutura bem definida: o herói nobre e rico e a heroína plebéia e pobre, perfazendo uma trama complexa que finalizava com o casamento feliz, tal qual nos contos de fada. O casamento era apresentado como a redenção da mulher, e todos os romances terminavam com o encontro do herói com a “mocinha”.
Quem escrevia os romances da Biblioteca das Moças?
Os autores mais conhecidos dessa coleção eram um casal de irmãos franceses que utilizavam o pseudônimo M. Delly e que detinham o maior número de títulos – cerca de 35 em um total de 175 – e o maior número de edições.
Outra autora de sucesso da coleção foi Elinor Glyn, pseudônimo de Elinor Sutherland, uma das precursoras da ficção erótica para mulheres. Foi ela quem cunhou o uso de “It” como um eufemismo para sexualidade ou para atração sexual, através de seu livro “O It”, de 1927.