Muito se tem falado do legado do filósofo, professor e educador Paulo Freire que completaria 100 anos no ano de 2021. Apesar dos constantes ataques da extrema direita, Paulo Freire continua sendo um dos mais renomados pensadores na área de educação ao redor do mundo, tendo criado um método de alfabetização de adultos que incluía seus contextos no processo de formação.
Em São Paulo, uma grande homenagem está em cartaz no Itaú Cultural com a Ocupação Paulo Freire, uma exposição em seu prédio na Paulista, com uma publicação crítica e material multimídia, incluindo sites e podcasts.
Claudiney Ferreira, gerente do Núcleo de Audiovisual e Literatura e que faz parte da curadoria conjunta da Ocupação, contou, em matéria do Estadão, que a opção, na mostra, foi por seguir uma linha cronológica da vida e obra do autor. Assim que entra, o visitante conhece um pouco de sua vida familiar. O documento mais antigo ali, e que nunca foi exibido, por exemplo, é o livro do bebê de Paulo Freire. Há ainda fotos de família, os primeiros trabalhos acadêmicos deste advogado que abandonou a profissão logo no início para se dedicar à educação, sua tese e notas. Enfim, seus primeiros passos.
“Dizem que Paulo Freire estragou a educação brasileira. Mas falta investimento, o salário do professor é baixo, existe a concentração de renda, o País é excludente e corrupto. Dizer que ele é o responsável é um pensamento muito fora de sentido”.
Para Claudiney, o foco de Paulo Freire era dar autonomia para as pessoas:
“Que elas entendam o seu contexto e sua situação é péssimo para o conservadorismo. A liberdade de pensamento, e agregar qualidade a esse pensamento, é péssimo para os currais eleitorais. É por isso que ele tem sido odiado e por isso virou o alvo e inimigo dos radicais de direita que querem que as pessoas, a partir da escola, sejam submissas.”
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