Brasileiro cria aplicativo gratuito que permite armazenar e compartilhar trechos de livros

Quase todo leitor tem o hábito de destacar algum trecho do livro que achou incrível ou que pretende reler em outro momento. Outros, um pouco mais resistentes, gostam de marcar a página com post-it ou até escreverem as citações favoritas num caderno de anotações.
Diante desses fatos, e também por necessidade própria, o cearense Victor Falcão, residente em São Paulo, criou o aplicativo Seeds, gratuito, disponível para Android e IOS.

“A ideia veio quando eu estava conversando com um amigo sobre um determinado assunto e, durante a conversa, tentei lembrar de um trecho que havia lido. Além de não ter conseguido lembrar direito o que o trecho falava, aconteceu o pior: ao chegar em casa, o procurei nos livros e simplesmente não encontrei!”, relatou.

A partir da ideia inicial, resolveu aprimorar as pesquisas e observações para compreender a relação das pessoas com o ato de grifar fragmentos dos livros e a leitura em si. A pesquisa foi desenvolvida em parceria com os sócios Adriano Sá e Heitor Nakayama. Após a conclusão das etapas e testes, a primeira versão do aplicativo foi disponibilizada.

A plataforma, que funciona como uma estrutura de rede social, permite que os usuários organizem e armazenem os trechos favoritos das leituras e as pessoas possam compartilhar e interagir com eles. Pode-se guardar tanto fragmentos de livros físicos quanto digitais como uma foto do trecho, trechos copiados de sites ou apenas digitados.

Também é possível adicionar tags (opcional). Com elas, a organização e a disposição ficam mais acessíveis para busca do assunto ou da temática. No entanto, é obrigatória a indicação da fonte. “Esse é um passo obrigatório, afinal, sem os autores, os trechos e as obras sequer existiriam!”, destaca o criador do aplicativo.
O objetivo principal da plataforma é que as pessoas tenham sempre ao alcance os trechos mais marcantes destacados, mas também colaborem para o conhecimento e a divulgação da obra.

Para o professor de Letras, Ricardo Rodrigues Miranda (@livrosemdoses), adepto da tecnologia, afirma que dessa forma pode fazer a seleção sem precisar rasurar o livro. Ele ainda reforça dizendo que nos livros “[…] há passagens e até capítulos que parecem que foram feitos sob encomenda, pois sintetizam emoções e, muitas vezes, transformam em palavras o indizível. É sempre bom ter guardado, seja onde for, os momentos que nos marcam, assim como fazemos com as fotografias”.

Fonte:
Diário do Nordeste

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