De Chimamanda a Clarice: as 40 escritoras favoritas de Elena Ferrante

Elena Ferrante é a autora italiana, de identidade não divulgada, por trás de obras como a tetralogia napolitana (A amiga genial, História do novo sobrenome, etc.), A filha perdida, Dias de abandono – dentre outras que já foram traduzidas para o português e publicadas no Brasil. Em seus livros, Ferrante se notabiliza pelo tratamento cru e impiedoso das relações entre mulheres, muitas vezes atravessadas pela vulnerabilidade social da Nápoles do último século.

Além de ser querida por um amplo público e de ter suas histórias já adaptadas pela gigante do audiovisual HBO (My Brilliant Friend, 2018-), a autora é também uma força literária que agrada os críticos – e desafia aqueles que não concebem que qualidade artística acompanhe sucesso comercial. Só a tetralogia napolitana de A amiga genial vendeu 13 milhões de cópias em todo o mundo.

My Brilliant Friend (HB0) é uma adaptação da tetralogia napolitana para a televisão

Como parte de uma iniciativa que apoia editoras independentes, Elena Ferrante divulgou uma lista dos seus 40 livros favoritos escritos por mulheres. Ferrante descreveu suas escolhas como unidas pelo tema “histórias de mulheres com dois pés, às vezes com um, no século XX”.

A lista conta com obras de autoras vivas e falecidas, de nacionalidades distintas, e conta até com Clarice Lispector. A seleção foi publicada na loja online Bookshop.org, uma iniciativa do Reino Unido que repassa parte das suas vendas a livreiros independentes.

A editora responsável por Ferrante no Reino Unido, a Europa Editions, retornará sua comissão de vendas de 10% da lista de Ferrante para a loja online, para que possa ser compartilhada entre as 300 livrarias independentes que se inscreveram no site até agora.

Confira aqui a indispensável lista dos livros escolhidos por Elena Ferrante:

Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie
O assassino cego, de Margaret Atwood
The Enlightenment of the Greengage Tree, de Shokoofeh Azar
Malina, de Ingeborg Bachmann
Manual da faxineira, de Lucia Berlin
Outline, de Rachel Cusk 
O ano do pensamento mágico, de Joan Didion
A devolvida, de Donatella Di Pietrantonio
Disoriental (Désorientale), de Négar Djavadi
O amante, de Marguerite Duras
Os anos, de Annie Ernaux
Léxico familiar, de Natalia Ginzburg
O conservador, de Nadine Gordimer
Destinos e fúrias, de Lauren Groff
Maternidade, de Sheila Heti
A pianista, de Elfriede Jelinek
Breasts and Eggs (乳と卵), de Mieko Kawakami
Intérprete dos males, de Jhumpa Lahiri
O quinto filho, de Doris Lessing
A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector
O arquivo das crianças perdidas, de Valeria Luiselli 
A ilha de Arturo, de Elsa Morante
Amada, de Toni Morrison
Vida querida, de Alice Munro
O sino, de Iris Murdoch
Accabadora, de Michela Murgi
O baile, de Irene Nemirovsky
Blonde, de Joyce Carol Oates
The Love Object, de Edna O’Brien
Um homem bom é difícil de encontrar, de Flannery O’Connor
Evening Descends Upon the Hills: Stories from Naples (Il mare non bagna Napoli), de Anna Maria Ortese
Gilead, de Marylinne Robinson
Pessoas normais, de Sally Rooney
O deus das pequenas coisas, de Arundhati Roy
Dentes brancos, de Zadie Smith
Olive Kitteridge, de Elizabeth Strout
The Door (Az ajtó), de Magda Szabò
Cassandra, de Christa Wolf
Uma vida pequena, de Hanya Yanagihara
Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar

Fonte: The Guardian

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