Manoel de Barros (1916-2014) foi um poeta mato-grossense do século XX. O autor tinha a natureza como fonte de inspiração e expressão. Recebeu vários prêmios literários, entre eles, dois Prêmios Jabutis e foi membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Encantava com as miudezas, a simplicidade, as insignificâncias e as incompletudes. Sabia ouvir o canto dos pássaros, a melodia dos rios e, sobretudo, o silêncio. Estão entre seus títulos mais conhecidos: Gramática expositiva do chão (1969), Livro das ignorãnças (1993), Livro sobre nada (1996), O fazedor de amanhecer (2001).
Confira alguns poemas:
O livro sobre nada
Ruína
O menino que carregava água na peneira
Agramática
Tratado geral das grandezas do ínfimo
Matéria de poesia
Olhos parados
O apanhador de desperdícios
Os sabiás divinam
Difícil fotografar o silêncio
Árvore
O Aferidor
A maior riqueza do homem é a sua incompletude
Eu penso renovar o homem
É um olhar para baixo
Auto-retrato falado