Um professor afirma ter traduzido o Manuscrito Voynich, um dos mais misteriosos do mundo!

Várias teorias falam sobre a origem do Manuscrito Voynich ser de criptógrafos antigos, alienígenas e brincalhões. O livro foi escrito por volta do século 15, e tem deixado muita gente indignada desde que foi redescoberto por um colecionador de livros raros chamado Wilfred Voynich em 1912. Agora, um estudioso do Reino Unido afirma que o código Voynich não é exatamente um código, mas sim um dos únicos exemplares sobreviventes de uma linguagem de proto-romance, segundo afirma a Artnet News. Se for verdade, isso teria um impacto imensurável no estudo da linguística, como um todo, mas os especialistas hesitam em endossar essa constatação ainda.

Gerard Cheshire, pesquisador associado da Universidade de Bristol, na Inglaterra, descreve seu suposto avanço em um estudo publicado na revista Romance Studies. Ele alega que o manuscrito Voynich foi escrito em uma linguagem completamente formada que os europeus falavam séculos atrás. O proto-romance é a base para idiomas modernos como francês, italiano, espanhol e português. Dificilmente qualquer exemplar restou por escrito, porque era majoritariamente uma língua falada. Os textos mais importantes da época foram escritos (ou reescritos) em latim, a língua oficial da realeza, da Igreja e do governo.

Depois de estabelecer os parâmetros para roteiro do Manuscrito Voynich, Cheshire afirma que levou apenas algumas semanas para traduzir o texto em si. Uma passagem ao lado de uma ilustração de mulheres que lutam para dar banho às crianças, está uma lista de adjetivos como: barulhentos, escorregadios e bem-comportados, de acordo com Cheshire. Outra seção, escrita ao lado de fotos de vulcões, descreve ilhas nascidas de erupções. O estudioso acredita ainda que as freiras dominicanas compilaram o manuscrito como livro de referência para Maria de Castela, rainha de Aragão (tia-avó de Catarina de Aragão).

Muitas pessoas alegaram ter quebrado o código Voynich no passado, e os especialistas estão hesitantes em acreditar que dessa vez é diferente. Depois que estudiosos universitários expressaram a preocupação com o estudo, a Universidade de Bristol, onde Cheshire trabalha, divulgou um comunicado distanciando-se da pesquisa. Ele diz: “Levamos essas preocupações muito a sério e, portanto, removemos o conteúdo referente a essa pesquisa em nosso site para buscar mais validação e mais discussões, internas e com os jornais que querem saber mais sobre.”

Se a pesquisa de Cheshire provar-se válida, isso significa que ele realizou algo que nem as maiores mentes da linguística na história moderna conseguiram. Nem que o criptógrafo Alan Turing conseguiu decifrar.

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