As 20 melhores frases de Crepúsculos dos Ídolos, de Friedrich Nietzsche

Crepúsculo dos Ídolos, ou Como Filosofar com o Martelo foi a penúltima obra do filósofo alemão Nietzsche, escrita e impressa em 1888, pouco antes de o filósofo perder a razão. O próprio Nietzsche a caracterizou como um aperitivo, destinado a “abrir o apetite” dos leitores para a sua filosofia. Trata-se de uma síntese e introdução a toda a sua obra, e ao mesmo tempo uma “declaração de guerra”. No subtítulo, a palavra “martelo” deve ser entendida como marreta, para destroçar os ídolos, e também como diapasão, para, ao tocar as estátuas dos ídolos, comprovar que são ocos.

O NotaTerapia separou as 20 melhores frases do livro. Confira:

O historiador olha para trás e acaba por acreditar para trás.

O verme se enrola quando é pisado. Isso indica sabedoria. Dessa forma ele reduz a chance de ser pisado de novo. Na linguagem da moral: a humildade.

Moral: é preciso disparar contra a moral.

Só se pode pensar e escrever sentado (Flaubert) – Com isso te apanho, niilista! Permanecer sentado é precisamento o pecado contra o Espírito Santo. Somente os pensamentos que ocorrem ao caminhar tem valor.




O dialético deixa a seu antagonista o cuidado de provar que não é idiota; enfurece e ao mesmo tempo priva de toda ajuda. O dialético degrada a inteligência de seu antagonista.

Estar obrigado a lutar contra os instintos  – essa é a fórmula da decadência: enquanto a vida é ascendente, felicidade e instinto são idênticos.

Hoje só possuímos ciência enquanto estivermos decididos a aceitar o testemunho dos sentidos – enquanto armarmos e aguçarmos nossos sentidos, ensinando-os a pensar até o fim.

O artista trágico não é um pessimista, ele diz sim a tudo que é problemático e terrível, é dionisíaco…




A espiritualização da sensualidade se chama amor.

Os pés leves são o primeiro atributo da divindade.

Primeiro princípio: uma explicação qualquer é preferível a qualquer falta de explicação. Como, na realidade, se trata apenas de se livrar de representações angustiosas.

Os homens foram considerados como “livres” para poder julgá-los e puní-los – para poder declará-los culpados.




Somos necessários, somos um pedaço de destino, fazermos parte do todo, estamos no todo – não há nada que possa julgar, medir, comparar, condenar nossa existência, por isso seria julgar, medir, comparar, condenar o todo…mas não há nada fora do todo!

Se se renuncia a fé cristã, elimina-se com o mesmo ato o direito à moral cristã.

Para que haja arte, para que haja uma ação ou uma contemplação estética qualquer, uma condição fisiológica preliminar é indispensável: a embriaguez.

O aspecto geral da vida não é a indigência, a fome, mas bem pelo contrário, a riqueza, a opulência, até mesmo a absurda prodigalidade – onde há luta, é pelo poder.




A arte pela arte: uma serpente que morde a própria cauda. – “Antes ter um fim que ter um fim moral”.

Qual é a missão de toda instrução superior? Fazer do homem uma máquina – Que meios devem ser empregados pra isso? Ensinar o homem a aborrecer-se – Como se consegue isso? – Com a noção do ver.

Jamais se morre por outro, mas por si próprio. Contudo, a morte nas condições mais desprezíveis é uma morte que não é livre, que não vem num momento desejado, uma morte de covarde.

Perguntam-me muitas vezes porque escrevo em alemão; de fato, em nenhum outro lugar não seria tão mal lido como em minha pátria. Mas, enfim, quem sabe se não desejo ser lido hoje?

Edição: Editora Escala – Col. Grandes Obras do Pensamento Universal, 28



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