As 8 melhores frases de Mary Poppins, de P. L. Travers

Dick Van Dyke as Bert, Julie Andrews as Mary Poppins, Karen Dotrice as Jane Banks and Matthew Garber (1956 - 1977) as Michael Banks in the Disney musical 'Mary Poppins', directed by Robert Stevenson, 1964. (Photo by Silver Screen Collection/Hulton Archive/Getty Images)

Mary Poppins, uma das personagens mais consagradas pela Disney através do cinema, na literatura, é uma figura controversa. A personagem criada por P. L. Travers é a significação de um espírito livre em todos os sentidos. Um pouco séria, de poucas palavras, sim, mas de uma imaginação absolutamente navegante. Através da figura de Poppins os filhos do Sr. e Sra. Banks vão viver dezenas de aventuras cuja realidade, se não pode ser comprovada, pelo menos, é vivida como experiência interior. A obra, relançada pela Editora Zahar em um projeto gráfico primoroso, que inclui as ilustrações originais do livro, é a marca de que uma literatura fantástica sobrevive nos porões dos sucessos: de Alice, de Carroll, para o Sítio do Pica Pau Amarelo, de Lobato, P. L. Travers se coloca com forte elo de uma literatura que, sem dúvida, é e será inesquecível.

O NotaTerapia separou as melhores frases da obra:

Tudo era tão surpreendente que eles não conseguiam encontrar nada para dizer. Mas ambos sabiam que algo estranho e maravilhoso acontecera no Número Dezessete da Cherry Tree Lane.

E pelo jeito como falou isso, ela o fez achar que o quadro merecia estar na Academia Real Inglesa de Artes, que é uma sala bem grande onde as pessoas dependuram os quadros que pintaram. Todo mundo vai até lá vê-los e depois de olharem para eles um tempão, todos dizem uns aos outros: “Que ideia, minha querida!”

Mas será que vocês não sabem – ela disse passivamente – que cada um de nós tem a sua própria Terra das Fadas?

Naquela noite, muito depois de a Bezerra Vermelha ter adormecido, a Vaca Vermelha se ergueu abruptamente e começou a dançar. Ela dançou loucamente de um jeito muito lindo e num ritmo perfeito, embora não tivesse nenhuma música para acompanhar. Às vezes era uma polca, outras uma dança montanhesa da Escócia e de vez em quando uma dança que inventou da própria cabeça. E entre estas danças, ela fazia mesuras e arcos arrebatadores e sua cabeça batia contra os dentes-de-leão.

O olhar perdido desaparecera de seus olhos; e a tranquilidade, de seu corpo.

Ao final, não sobrou sequer um grãozinho, pois não é nem um pouco educado para um pombo ou uma rolinha deixar sobrar alguma coisa no prato.

O que eu quero saber – ela disse – é isto: as estrelas são papel dourado ou é o papel dourado que é estrela?

Somos todos feitos da mesma matéria, lembre-se, nós da Selva, vocês da Cidade. A mesma substância nos compõe, a árvore logo acima, a pedra debaixo de nós, a feiura, a beleza. Somos um só, todos rumando para o mesmo final. Lembre-se disso, mesmo quando você não se lembrar mais de mim, minha criança.

 
Edição: Editora Zahar, 2017



 

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