Ainda Estou Aqui continua causando um grande alvoroço internacional e, desta vez, foi exaltado pelo Los Angeles Times. O filme, dirigido por Walter Salles e com atuação de Fernanda Torres e Selton Mello, foi amplamente comentado em uma crítica publicada na última sexta-feira, dia (17/01).
Segundo o jornal e nas palavras do crítico Carlos Aguilar, Fernanda Torres é “magistral” e “devastadora”. Suas raras explosões emocionais, intercaladas com momentos de contenção, receberam muitos elogios. Aguilar conclui: “a expressão de Torres é lindamente devastadora”.
Falta pouco para o anúncio dos indicados ao Oscar 2025 e elogios como esses aumentam bastante a popularidade da grandiosa Fernanda, que tem encantado com sua brilhante atuação. A atriz é um dos maiores nomes do cinema nacional e tem atraído muitos olhares estrangeiros para a produção cinematográfica e cultural brasileira.
Com elogios à Fernanda Torres, Carlos Aguilar critica Bolsonaro
Outro assunto que também atrai os olhares e as críticas do jornalismo internacional é o contexto político em que o Brasil esteve inserido nos últimos anos. De maneira muito pertinente, em relação a isso, Aguilar menciona a atuação opressora do ex-presidente Jair Bolsonaro em contraponto à ampla aceitação Ainda Estou Aqui.
O crítico ressalta o fato do lançamento de um filme com este teor, neste momento após a “presidência repressiva” de Bolsonaro, alcançar sucesso local e internacional, como um testemunho da direção sensível de Salles, que, “destaca a humanidade em vez da brutalidade”.
Os elogios se estendem ao diretor de fotografia Adrian Teijido e os roteiristas Murilo Hauser e Heitor Lorega, que receberam o prêmio de Melhor Roteiro no 81º Festival de Veneza. As indicações ao Oscar serão anunciadas na próxima quinta-feira (23), e o filme Ainda Estou Aqui é considerado um forte candidato.
O filme de Salles é um refresco diante do sucateamento em que esteve inserida a cultura brasileira nos últimos anos e Fernanda Torres é uma representação de que a memória do povo brasileiro se mantém vívida, impedindo que as atrocidades do passado voltem a se repetir.