LOLA (2022): máquina do tempo prevê sinais do futuro em meio aos dramas da guerra

Máquina do Tempo (LOLA), 2022, direção: Andrew Legge, Irlanda/Reino Unido, 1h19 min, drama/ comédia. Imagem: IMDB

Entre 1º e 14 de agosto de 2024, aconteceu em São Paulo o Festival Filmes Incríveis no Reag Belas Artes. A programação conta com títulos que foram exibidos no festival de Cannes, entre produções de países como Irã, Romênia, Geórgia, Peru, Costa Rica, Nepal, Tunísia e outrosSaiba mais sobre o festival aqui

Sem saber da programação, neste primeiro dia, assisti LOLA (Máquina do Tempo, 2022, direção: Andrew Legge, Irlanda / Reino Unido) e achei o filme simpático. 

Imagem: Reag Belas Artes

Lola é o nome da “Máquina do Tempo” que dá o título em português a esse filme britânico, trata-se de uma espécie de rádio capaz de captar sinais do futuro. Esse aparato pertence a duas irmãs órfãs que vivem numa zona rural na Inglaterra dos anos 1930. Com essa tecnologia elas vão tentar impedir a Segunda Guerra Mundial.

A estética é incrível. Por coincidência, eu tinha visto O Farol (2019) com o Robert Pattinson e o Willem Dafoe há poucos dias e curti o visual parecido embora o filme da A24 tenha sido gravado em 35mm e o Lola em 16mm. O que isso significa? Google pesquisar. 

O Farol, 2019, direção: Robert Eggers, EUA, 1h49, terror/ fantasia. Imagem: IMDB

Os dois filmes são em preto e branco com dimensão da tela quadrada, uma escolha muitíssimo bem feita para O Farol, que é um terror psicológico, mas um tanto questionável no caso de Lola que seria algo como uma ficção científica em found footage, aquele gênero de gravação propositalmente amadora que é encontrada depois de muito tempo como em A Bruxa de Blair (1999)

LOLA (2022): ficção científica em found footage. Imagem: IMDB

Além do visual atraente, há performances musicais e uma trilha sonora ótima protagonizada por David Bowie que contribuem para o filme ser, como eu disse, simpático. Só que essa simpatia não combina muito com os outros elementos que a trama envolve: dramas de guerra, caos, mortes injustas. 

De qualquer forma, Lola oferece uma experiência que vale a pena com um ar de comédia compensadora da história, fazendo um aceno tímido para Bastardos Inglórios (2009). 

Mas um festival que conta com produções de países que são considerados exóticos na grande indústria cinematográfica poderia ter iniciado com um filme que não fosse de língua inglesa. Certo?

Por isso, agora, vou ver os títulos dos outros países. E você, vai? 

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