O ex-ministro Sérgio Moro promoveu mais uma gafe em relação a livros, algo comum em sua breve carreira na vida pública.Pelo menos foi o que contou o advogado Roberto Bertholdo, desafeto do ex-juiz e que tem forte trânsito no Congresso Nacional, principalmente no Senado. Dessa vez o caso foi com o livro O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório.
De acordo com Bertholdo, em conversa com outro senador, Moro teria revelado estar “triste esse movimento que está sendo feito contra o livro do Pelé”. O interlocutor do ex-juiz teria ficado sem entender e, somente depois, compreendeu que ele se referia ao livro “O Avesso da Pele”, de Jeferson Tenório, que vem sofrendo censura em diversos estados do país.
“O outro senador só foi entender do que Moro estava falando quando mais para a frente, na conversa, Moro revelou que ia perguntar para o governador Ratinho Jr o porquê que a secretaria de educação havia mandado retirar o livro”, disse Bertholdo. “A ignorância do Senador parece não ter limites” , finalizou.
Leia mais:
Entenda a censura do livro
O livro “O Avesso da Pele” foi censurado em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul quando a diretora de uma escola disse em um vídeo que o livro usava palavras de “baixo calão” tinha cenas de atos sexuais. Após repercussão e de uma moção de um vereador, a 6° CRE mandou recolher os exemplares das escolas e bibliotecas até que governo federal se manifeste.
Após esse caso, diversos outros estados censuraram o livro como Paraná, Goiás e Mato Grosso. Em suas redes sociais, o escritor comentou o caso:
“As distorções e fake news são estratégias de uma extrema direita que promove a desinformação. O mais curioso é que as palavras de “baixo calão” e os atos sexuais do livro causam mais incômodo do que o racismo, a violência policial e a morte de pessoas negras.