“Não se muda o que está escrito”: entrevista exclusiva com a escritora Bella Iza

No dia 23 de dezembro, a autora Bella Iza, lançou o livro “Não se muda o que está escrito” pela Editora Viseu. A obra, que é seu primeiro romance e acompanha a história de dois herdeiros do turismo de luxo unidos pelo sucesso e ambição até o retorno inesperado de alguém do passado envolto em mistérios e segredos há muito tempo escondidos, está disponível para a compra nas versões impressas e e-book. Compre o livro no site da autora aqui!

O Jornal Nota realizou uma entrevista exclusiva com a autora que você pode conferir abaixo:

O que é o seu livro “Não se muda o que está escrito”?

– Não se muda o que está escrito é a junção de 2 grandes gêneros literários: o romance e o suspense. Isso porque, tão importante quanto os interesses pelos amores clichês, que fazem, muitas vezes, os nossos corações errarem as batidas, assim como os cenários que nos transportam às mais lindas cores, e, também, os personagens, que, de tão bem construídos, nos fazem criar apegos intermináveis, a pluralidade de conflitos e as histórias a serem reveladas são a chave para  testar as forças dos personagens e, ao mesmo tempo, aguçar as curiosidades e os interesses dos leitores.

Conta pra gente um pouco da história do livro. O que o leitor vai encontrar pela frente?

– Ao decidir escrever uma história, tive tantas ideias,  que, todas juntas não couberam em um único livro, nascendo a ideia da trilogia. Eu vou tratar, ao longo dos três livros, as fragilidades das relações humanas, as amizades sinceras, as paixões intensas e os laços familiares silenciosos em nome dessa poderosa força chamada destino. Será o amor, esse sentimento universal, mais forte que as adversidades?

No livro 1, apresento a poderosa família Parker e provoco um triângulo amoroso, onde dois irmãos, unidos pela sucesso e ambição, vão se interessar por alguém, muito importante de um passado, prometendo balançar suas relações. Certamente, alguém sairá magoado dessa história, porque, estarão presentes nesse triângulo, jubilosos sentimentos,  e, como se isso não bastasse, também estará presente, o bombástico encontro de almas predestinadas, e, por isso, extraordinariamente ligadas entre si. Por isso, o nome Não se muda o que está escrito. Nick, Noah e Júlia não são um acaso. Tudo estava escrito para acontecer, e, na força dessa união, terão que estar preparados para o futuro, em nome do elo que os uniu: o amor. 

O que motivou a escrita do livro? Como foi o processo de escrita?

Passei 13 anos circulando em diversos aeroportos, e, para  cada tempo de voo, eu comprava um romance, me tornando uma compulsiva pelo gênero. Depois de experimentar vários estilos de escritores, e, perfis de obras, um dia, resolvi escrever a minha própria ficção. Porém, quando iniciei, ainda não tinha muitas certezas sobre o enredo, que foi se desanuviando e me encantando a cada capítulo.

Destaco que o processo de escrita foi longo mediante aos imprevistos que, algumas vezes, me afastaram dessa decisão. E, também, por fim, foi extremamente desafiadora, a conciliação do trabalho com o meu primeiro projeto pessoal, me restando, apenas, os finais de semanas, férias, feriados e madrugadas para ir a frente.

Leia também: Bella Iza lança romance contemporâneo, cheio de suspense, realismo e detalhes narrativos

Escreve desde quando? Como começou a escrever?

Sempre gostei da escrita, dos sentimentos  e da imaginação. Fui uma excelente aluna da língua portuguesa e segui formação em Comunicação, onde tive a oportunidade de estudar jornalismo e me formar em propaganda e publicidade. Quando criança, gostava de desenvolver historinhas na cabeça, e, escrevia poemas, assim como cartas de amor, em especial quando estava triste. Nessas horas, ver se traduzir em palavras bem empregadas, sentimentos tão profundos, me trazia a felicidade novamente. Me considero uma romântica incorrigível porque sempre acho que o amor é capaz de vencer em qualquer situação de adversidade, por isso, sempre fui apaixonada pelos romances, e agora, na minha plena maturidade, sinto o amor como uma energia que transcende os motivos do coração. Tudo está interligado e previsto. 

Quando foi que você escreveu o livro?

– Comecei em 2018 e terminei em 2023 pelos imprevistos, conciliações e severas exigências. Nunca estava bom para mim, por isso,  ter lido e aperfeiçoado a obra tantas vezes. Foram muitos estudos para compor realismo nos cenários, perfis psicológicos, e os hábitos dos personagens. Essa não é uma daquelas histórias impossíveis. Tudo é real. Personagens, lugares e narrativas. Desejei criar conexão entre a ficção e a realidade. 

A capa do seu livro está magnífica. Qual o processo de feitura da capa de  “Não se muda o que está escrito”?

– Pelos Parker serem donos de uma empresa de turismo, a trilogia vai trazer a narrativa em diversos cenários. A capa do livro 1 retrata o Rio de Janeiro, como um desses lugares, por ser a cidade lar dos personagens. Então, como mostrar isso? Depois de muito bater cabeça, fui presenteada, com a ideia e a ilustração, do Fernando Maragno, um amigo e diretor executivo de uma agência publicitária com sede em Santa Catarina. Foi incrível! Com sua  criatividade e velocidade de pensamentos, em  pouquíssimo tempo, sentou na frente do computador,  e unificou todos os elementos: cores, o cenário apresentado por um dos maiores cartões postais da cidade e layout. Quando vi, não tive dúvidas, a minha capa estava pronta. 

Quais foram os seus principais desafios de escrita? 

– Primeiramente, criar uma boa história. Algo que levasse aos leitores mais do que um romance clichê. Também, me desafiei a colocar força nos capítulos e personagens. Coadjuvantes querendo roubar espaços e protagonistas lutando para sustentar suas posições. Ter experiência como leitora, me ajudou muito, acima de tudo, para dar o realismo, com os cuidados e as riquezas de detalhes que eu desejei.

Por fim, como um grande desafio, e, talvez o maior de todos, ter a coragem para falar de sexo, já que muitas pessoas, ainda, encaram o assunto com pudor. Eu tentei trazer o tema na medida, sem cair nas armadilhas apelativas. Para isso, usei como estratégia, não fugir da ideia de um romance adulto, porém, com suavização, elegância e poesia. Sempre iniciando a ousadia, mas, convidando o leitor a interagir comigo por meio das suas inspirações e fantasias. 

Quais são os seus projetos atuais de escrita? O que vem por ai?

– Com a ideia de me lançar como escritora, já fui convidada por duas pessoas para escrever suas historias.  Ainda estamos decidindo se será por biografia, ou por prosa. Porém, esses são planos futuros e incertos. Agora, estou empenhada em entregar, o mais rápido possível, o livro 2 que já possui 15 capítulos rascunhados. Não quero agir como muitas séries, que demoram a entregar a continuidade, fazendo os espectadores esquecerem de boa parte do enredo. 

Para finalizar, o que o leitor poderá aprender sobre o seu livro?

– Essa é uma pergunta difícil, porque acredito que a minha capacidade de aprender com as reações e opiniões dos leitores será muito maior do que a de ensinar. Contudo, realmente, vejo o amor permeando os nossos corações e mentes  desde o momento em que nascemos até os nossos últimos suspiros. Como  centro de tudo, ele é um servo do Destino, sempre pronto ao que tem para acontecer nessa curta ou longa caminhada, mas, quem sabe sobre esse tempo? Se algo começa, está escrito, e, quando acaba, é porque existia  um tempo definido. Sem apegos, não devemos eternizar as perdas, muito menos projetar expectativas.

Devemos sim, viver intensamente cada momento com a única certeza revelada: aquilo que é para ser nosso, sempre encontra uma forma de nos achar,  vencendo o tempo, as circunstâncias e a distância para eternizar esse momento tão fortemente jubiloso entre duas almas predestinadas ao amor em comum.

Gostou? Conheça o site da escritora Bella Iza!

Related posts

Novela de Thomas Mann: o fascismo é capaz de hipnotizar?

Ambição, Poder e Destino: Anakin Skywalker, o Macbeth de Star Wars?

Uma nova cosmologia para ver o mundo: o livro africano sem título – Cosmologia dos Bantu-Kongo, de Bunseki Fu-Kiau