10 livros indicados por Zélia Duncan

A série Ilustre Leitor, conduzida por Márcio Debellian, recebeu em 2011, no SESC Bom Retiro, em São Paulo, a cantora, atriz e compositora Zélia Duncan para conversar sobre seus livros preferidos. A artista contou sobre a dificuldade em escolher 10 títulos para compor a lista, já que tem uma aproximação muito grande com a literatura e, inclusive, na época, estava cursando a faculdade de letras. Durante o encontro, ela também leu trechos de obras e recitou poemas dos livros selecionados.

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Veja os títulos selecionados:

1. Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, de Clarice Lispector

Aprender a amar e a ser ela mesma é o grande desafio da personagem Loreley, cujo apelido é Lóri. Para o leitor, o prazer maior é ir aprendendo aos poucos a conhecer Clarice Lispector, através da trajetória dessa personagem. Ambientado no Rio de Janeiro, Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres conta a história de amor de Lóri e Ulisses. Lóri é uma moça rica de Campos, principal cidade do Norte Fluminense, que optou por morar no Rio, onde trabalha como professora primária e pode desfrutar de uma liberdade impossível em sua cidade natal. Ulisses é um professor de Filosofia, que conhece Lóri na rua e aos poucos vai conduzindo-a na aprendizagem do prazer. Loreley é personagem de uma lenda do folclore alemão, que seduz e enfeitiça os pescadores. Ulisses é o herói da epopeia grega, que vence os obstáculos usando a inteligência. As duas personagens de Clarice trazem as características de seus modelos originais e envolvem o leitor numa trama que se torna ainda mais apaixonante por ser uma aventura no mundo da linguagem, sem começo nem fim.

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2.Cartas a um jovem poeta, de Rainer Maria Rilke

Paris, fevereiro de 1903. Rainer Maria Rilke recebe uma carta de um jovem chamado Franz Kappus, que aspira tornar-se poeta e que pede conselhos ao já famoso escritor. Tal missiva dá início a uma troca de correspondência na qual Rilke responde aos questionamentos do rapaz e, muito mais do que isso, expõe suas opiniões sobre o que considerava os aspectos verdadeiros da vida. A criação artística, a necessidade de escrever, Deus, o sexo e o relacionamento entre os homens, o valor nulo da crítica e a solidão do ser humano, entre outras questões.

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3. Cartas a Théo, de Vicent Van Gogh

As cartas são de Van Gogh para seu irmão Théo, escritas entre julho de 1873 e 1890. Mostram um pintor atormentado diante das questões apresentads pela sociedade e que confronta modelos e costumes. Suas telas eram jorros de substância incendiária, bombas atômicas cujo angulo de visão, ao contrário de toda a pintura com prestígio em sua época, teria sido capaz de perturbar seriamente o conformismo espectral da burguesia do Segundo Império.

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4. Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago

Uma terrível “treva branca” vai deixando cegos, um a um, os habitantes de uma cidade. Com essa fantasia aterradora, Saramago nos obriga fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu.

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5. 1984, de George Orwell

Publicada originalmente em 1949, a distopia futurista 1984 é um dos romances mais influentes do século XX, um inquestionável clássico moderno. Lançada poucos meses antes da morte do autor, é uma obra magistral que ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre a essência nefasta de qualquer forma de poder totalitário.

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6. Persépolis, de Marjane Satrapi

Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979, ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita – apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares.

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7. O Conde de Monte- Cristo, de Alexandre Dumas

Um dos maiores clássicos da literatura francesa há mais de 150 anos, “O conde de Monte-Cristo” gira em torno de Edmond Dantè, que é preso por um crime que não cometeu. Ao sair da prisão, Edmond vai à busca de vingança contra seus inimigos. Uma trama repleta de reviravoltas dignas de um jogo de xadrez.

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8. Cascos & Carícias e outros escritos, de Hilda Hilst

Nova edição com 132 crônicas. Cascos & carícias e outros escritos é a reunião mais completa das crônicas de Hilda Hilst publicada até hoje. Material híbrido, em parte comentário do cotidiano e da conturbada vida política da época, em parte excertos da sofisticada poesia da autora, muito de sua transgressão, irreverência e fina ironia, este é um conjunto de textos ácidos e bem-humorados, mas acima de tudo extremamente lúcidos. Produzidos entre 1992 e 1995 ― à exceção de dois deles encomendados pela Playboy e nunca publicados na revista ―, os escritos de Hilda são atuais, divertidos, imprescindíveis.

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9. Poesias, de Fernando Pessoa

Edição indicada pela artista é antiga e está esgotada. O livro reúne poemas escritos pelo poeta português Fernando Pessoa em suas diversas fases e também por seus heterônimos.

10. Poesia completa, de Carlos Drummond de Andrade

Drummond organizou pessoalmente em pastas títulos de sua vasta obra poética desde sua obra de estreia ‘Alguma poesia’ ate ‘A paixão medida’. Todos os livros, reunidos neste volume único, foram alinhados em ordem cronológica.

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