10 livros fundamentais na formação de Teresa Cristina

Na série Ilustre Leitor, Márcio Debellian, curador do projeto Parque de Ideias, conversa com convidados do mundo da arte e da cultura sobre 10 livros que foram fundamentais na sua vida e na sua formação. Nesse encontro, Teresa Cristina contou um pouco das leituras mais significativas e da sua formação em Letras na UERJ. A conversa aconteceu em 12 de dezembro de 2022, no Auditório da Biblioteca Parque Estadual, no centro do Rio de Janeiro. Os livros mencionados pela artista serão doados às bibliotecas com um selo apontando quem os indicou para o acervo.
Um dos principais nomes citados pela cantora está José Saramago. Após a leitura de Evangelho segundo Jesus Cristo, ela investiu em outros livros do escritor.

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Confira:

1.Jangada de Pedra, de José Saramago

O autor conta e reconta pela memória de um narrador, múltiplo de si mesmo e dos personagens cujas andanças acompanha, a história dos povos ibéricos. Os mitos se costuram nas pedras da fratura de que se fez a jangada. Neles se recuperam as crônicas, peregrinações de heróis anônimos ou notórios da identidade ibérica, todos notáveis, D. Quixote entre uns, os peregrinos de Santiago de Compostela na Idade Média entre outros.

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2. Memorial do Convento, de José Saramago

No centro da história está a construção do Palácio Nacional de Mafra, também conhecido como Convento. O monarca absolutista D. João V, cumprindo uma promessa, ordenou que o edifício fosse erguido no início do século XVIII, em pleno processo colonial, à custa de uma imensa quantidade de ouro e diamantes vindos do Brasil, além do sangue de milhares de operários. Dentre eles, havia um certo Baltasar, da estirpe de Sete-Sóis, inválido da mão esquerda depois de uma guerra, apaixonado por Blimunda, uma jovem dotada de poderes extraordinários. Indivíduos habitualmente não observados pela dita história oficial, mas que constituem seu tecido mais delicado e essencial. Uma mistura entre narrativa histórica e história individual.

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3. O conto da ilha desconhecida, de José Saramago

Um homem pede ao rei um barco para viajar até uma ilha desconhecida. O rei pergunta ao homem como pode saber que essa ilha existe, já que é desconhecida. Ele argumenta que assim são todas as ilhas até que alguém desembarque nelas. O conto pode ser lido como uma parábola do sonho realizado, isto é, como um canto de otimismo em que a vontade ou a obstinação fazem a fantasia ancorar em porto seguro.

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4. Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa

Com textos que representam a inquietude, os sentimentos, as dúvidas e o amplo conhecimento de mundo daquele que segurava a caneta para escrever tão profundas palavras e ao fim assinar sob o semi-heterônimo de Bernardo Soares. Escrita em forma de diário, revelando os mais íntimos pensamentos e impressões do autor.

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5. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

O tom assumido na obra, bem como as técnicas empregadas na composição romanesca, são alguns dos fatores que justificam o lugar de Machado de Assis entre os maiores escritores do século XIX. No romance repleto de digressões filosóficas, o escritor se vale da posição privilegiada de Brás Cubas, que, como defunto autor, narra as suas desventuras e revela as contradições da sociedade brasileira do século XIX, por meio de uma análise aprofundada de seus personagens.

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6. A confissão de Lúcio, de Mário de Sá Carneiro

Três obsessões dominantes do autor estão reunidas nessa obra: o suicídio, o amor pervertido e a loucura. Narra a história de Lúcio, um preso que escreve um livro para tentar provar sua inocência. Entretanto, ele espera dez anos após sua condenação para fazê-lo. Lúcio torna-se amante da mulher de seu melhor amigo, mas não é o único amante. A partir de então, ele é envolvido em uma delirante história de paixão, ciúme e crime que culmina com sua prisão.

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 7. Santos de Casa: Fé, crenças e festas de cada dia, de Luiz Antonio Simas

No panorama histórico e cultural apresentado interessa ao historiador entender não apenas como a igreja santificou as mulheres e os homens ao longo do tempo, mas, sobretudo, como o povo humanizou os santos nas invenções cotidianas da vida praticada na dimensão do encantamento do mundo. Assim, entram em cena festas, quermesses, crendices, benditos, ladainhas, cheiros, sabores, procissões, novenas, simpatias, ventos, fogueiras, encruzilhadas, presépios e outras expressões da paixão e da fé do povo brasileiro.

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8. Carlos e Mário: Correspondência de Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade

Um registro histórico para a literatura e a história da cultura em nosso país através da correspondência mantida entre Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade entre 1924 e 1945.

9. Claro Enigma, de Carlos Drummond De Andrade

Essa obra reúne poemas que ocupam uma posição singular na obra de Drummond. O autor parece querer buscar, por meio da retomada de formas clássicas, um equilíbrio entre o passado e o presente. O amor, a morte e a memória são alguns dos temas elaborados por um homem que sempre quis fazer parte do seu próprio tempo.

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10. Dom Casmurro, de Machado de Assis

Um clássico da literatura brasileira. Bento Santiago retoma a infância que passou na Rua de Matacavalos e conta a história do amor e das desventuras que viveu com Capitu, personagem enigmática e intrigante. A partir da visão do narrador, a trama revela aos poucos sua psicologia complexa e enreda o leitor em sua narrativa ambígua acerca do acontecimento ou não do adultério.

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Confira a conversa completa:

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