Mãe de aluno risca livro infantil de Emicida com críticas a religiões de matriz africana

Direcionado ao público infantil, Amoras, livro escrito por Emicida, esteve presente na lista dos mais vendidos do país nos últimos anos. Lançada pela Companhia das Letrinhas, em 2018, a obra foi inspirada na canção que o artista fez para a filha.

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O livro narra a história de Amora, uma menina negra que está aprendendo sobre sua identidade através de diálogos com o pai. Com sensibilidade e repleta de ensinamentos, a obra discute, entre outros temas, representatividade, preconceito, empatia e autoconfiança. Além disso, traz conhecimentos sobre as religiões de matriz africana e apresenta nomes de personalidades que se destacaram nas lutas do povo negro como Zumbi, Matin Luther King e Malcom X.

Entenda o caso
Recentemente, a mãe de um aluno do ensino fundamental de uma escola particular de Salvador, na Bahia, rabiscou o livro Amoras com frases preconceituosas, demonstrando não só desconhecimento como discriminação e intolerância religiosa. Ela indicou salmos bíblicos, apontou que informações sobre orixás eram ‘fake’ e comentou erroneamente sobre o nome do autor do livro.


É comum que todos os anos a escola incentive os alunos a participarem de uma proposta didática denominada “Ciranda Literária”. Cada criança leva para a escola 1 ou 2 títulos sugeridos por uma curadoria do colégio para integrar o acervo. A dinâmica permite que a cada semana seja escolhido um livro para levar para casa e realizar a leitura junto com a família. Ao primeiro empréstimo, os pais procuraram a escola para informar que o livro estava vandalizado. A partir do conhecimento do ocorrido, o colégio informou que ele foi recolhido e novo exemplar da mesma obra foi reposto. Além disso, agendou uma reunião com a família que assumiu a autoria do ato.

Ao saber da situação, Emicida publicou um vídeo no Instagram comentando o caso:

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1 comentário

Willy Milane 21 de março de 2023 - 14:42
Todo o problema desse acontecimento se resume em uma sociedade apartada de Deus. Tratam Deus como ele fosse um personagem de ficção das novelas podres da Globo. E infelizmente essa moça que escreveu no livro tem conhecimento, mas não teve sabedoria.
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