Mestre e com 7 livros publicados, africano morador do Rio não acha emprego na área e pensa em voltar para sua terra

Eliseu Banori é o nome dele. Como muitos brasileiros, ele vem tendo dificuldades para arrumar um emprego. No caso, ele, porém, o problema parece ser mais complicado. Ele tem mestrado em Língua Portuguesa pela UFRJ, mas atualmente trabalha como auxiliar de serviços gerais para sustentar a família. O professor que mora no Rio há 12 anos, afirma que quer continuar no Brasil, mas com as dificuldades financeiras, pensa em voltar para a sua terra Guiné-Bissau.

Em entrevista ao RJTV, ele afirmou que “nunca conseguiu um emprego na área”. Os motivos podem ser muitos, mas obviamente a sua origem e o racismo atravessam a sua vida.

“Se eu conseguir um emprego aqui no Brasil, adequado à minha formação, eu fico. Eu sempre pensei nesse sentido. Não desisti do meu sonho, não desisti nunca”, afirma o escritor.

Imagens: TV GLOBO

Segundo a matéria, para sustentar a família, Eliseu já trabalhou como atendente de restaurante, funcionário de supermercado e atualmente é auxiliar de serviços gerais num condomínio da Zona Sul do Rio. Atualmente, ele afirma que já conquistou a confiança dos moradores. Segundo Eliseu, consegue tirar inspiração para novas histórias no dia a dia de trabalho.

Ele deixou seu país de origem, no Oeste da África, para tentar uma vida melhor no Brasil. Mas atualmente, as dificuldades financeiras o fazem pensar em voltar. Pela falta de dinheiro, não teria nem como levar a família junto.

“Eu gosto muito do Brasil, eu amo esse país, conquistei amigos, conquistei mestrado, livros publicados, casei aqui, tenho filho e ter que voltar agora, deixando para trás a minha esposa e o meu filho, isso me deixa um pouco triste”

Veja a matéria completa aqui!

Related posts

Fernanda Montenegro anuncia aposentadoria aos 95 anos

Walter Salles, diretor brasileiro vencedor do Oscar, dirige documentário sobre a vida do ex-jogador Sócrates

Filme “A Hora da Estrela”, baseado na obra de Clarice Lispector, completa 40 anos mais atual do que nunca