Em tempos difíceis como este que estamos vivendo, muito se tem refletido sobre o papel do jornalismo na sociedade contemporânea. Muitos estudos têm sido feito na tentativa de entender tanto o mundo das fake news, quanto de um tipo de jornalismo que abandona a pretensa objetividade e aposta em uma subjetividade, ou seja, pelo valor da presença e da experiência do(a) jornalista que, mais do que contam, vivem um momento.
Um tipo de jornalismo que muito discutiu isso na segunda metade do século XX foi o que conhecido “jornalismo gonzo”. Gonzo, foi o termo que ficou conhecido como um estilo de narrativa em jornalismo, cinematografia ou qualquer outra produção de mídia em que o narrador abandona qualquer pretensão de objetividade e se mistura profundamente com a ação.
O criador do estilo foi o jornalista norte-americano Hunter S. Thompson. O termo foi cunhado por Bill Cardoso, repórter do Boston Sunday Globe, para se referir a um artigo de Thompson. Segundo Cardoso, “gonzo” seria uma gíria irlandesa do sul de Boston para designar o último homem de pé após uma maratona de bebedeira.
Este ano, a roteirista, diretora e escritora Carolina Massote resolveu investigar um pouco mais sobre o jornalismo gonzo, principalmente, na atual era das fake news e publicou seus estudos em um livro chamado “Gonzo, uma reflexão sobre o jornalismo na era da (des)verdade”. A obra faz uma análise dos primórdios do gonzo, assim como uma reflexão de como este estilo de jornalismo pode nos ajudar a pensar o nosso tempo.
A autora produziu um vídeo em que explica um pouco sobre o gonzo e fala sobre o seu livro. Confira: