As 10 melhores frases de Sonata do Outono, de Ingmar Bergman

Em 1978, o cineasta Ingmar Bergman lançava um de seus filmes mais intensos: Sonata de Outono. O filme conta a história de Eva e Charlotte, mãe e filha que, após um passado conturbado com sua irmã adoecida Helena, se encontram após anos de desentendimento e trazem à tona um passado a muito ocultado em suas memórias. Uma batalha entre o passado e as feridas do presente, uma tentativa de entendimento de si e do outro. Ao fim, uma batalha em que cada uma revela tudo que sempre pensou sobre a outra.

No mesmo ano, o filme foi transformado em livro, por conta de seus incríveis diálogos. Em forma de roteiro-romance, ou seja, com a preservação dos diálogos originais e com adaptações para espaços e tempos da cena, a obra consegue manter a força do cinema, acentuando o poder da palavra no papel.

O NotaTerapia separou as melhores frases do livro. Confira:

Todos precisam aprender a viver. A cada dia, me esforço um pouquinho. A dificuldade principal está em saber quem eu sou e onde estou. É como procurar na escuridão. Se alguém me amasse como sou, talvez, finalmente, me pudesse encontrar.

Não posso afirmar que ando por aí sofrendo com a sua morte. Sua morte era esperada e desejada. É claro que às vezes sinto um vazio. Mas uma pessoa não se deve enterrar viva.




Sempre tive dificuldade em entender as pessoas que não tomam consciência de seus motivos.

O que é que ela esperava depois de sete anos sem nos vermos? Sim, o que é que ela esperava? Aliás, o que é que eu esperava? Será que a gente nunca chega mesmo a perder as esperanças?




Ser adulto, certamente, é poder dominar seus sonhos, suas esperanças. A gente não deseja mais.

Claro que é apenas o medo e o pretensioso bom-senso que nos fazem acreditar em fronteiras, você também não acha?

Que importância tem isso? Tuas palavras ervem à tua realidade; as minhas, servem para a minha. Se trocarmos as palavras, elas passam a não valer nada.




Uma criança está sempre indefesa, não entende, ninguém a pode ajudar, não pode compreender, não sabe, ninguém diz nada, está dependente, são as humilhações e a distância… O muro intransponível, as crianças gritam, ninguém responde, ninguém vem, será que não vê isso?

nunca cresci, meu rusto e meu corpo envelhecem, arranjo recordações, minhas experiências, mas por dentro dessas coisas tangíveis continuo assim como que poder nascer.

A gente pode se consolar consigo mesma. Não pode contar eternamente com os outros e pensar que eles estarão sempre a nosso quando a gente está triste. Não, antes pelo contrário. Na maioria das vezes, a gente precisa chorar em silêncio, pra que ninguém ouça.

Edição: Editora Nórdica, 3ª Edição, S/D

Veja um trecho do filme:



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