As 8 melhores frases de O Ladrão de Casaca, de Maurice Leblanc

O Ladrão de Casaca, As Primeiras Aventuras de Arséne Lupin, é um livro de contos de Maurice Leblanc que conta a história do famoso e inconfundível vilão ficcional Arséne Lupin. Com uma perspicácia única e uma habilidade de disfarce, tanto física quanto nas letras, assim como uma capacidade única de enganar e ludibriar os outros, Lupin se torna, aos poucos, um dos maiores vilões de todos os tempos. O ladrão de casaca, como ficou conhecido, é uma espécie de Sherlock Holmes do crime, ou seja, um ser capaz de qualquer coisa para chegar a seus objetivos. Com seu carisma único, entretanto, chega a cativar todos nós que, mesmo sem querer, acabamos por torcer por suas peripécias. (Leia a resenha completa aqui!)

O NotaTerapia separou as 8 melhores frases da obra:

Tudo isso tinha ares de prodígio, trazia a marca humorística de Arsène Lupin, ladrão, que seja, mas nem por isso menos diletante. Trabalhava por gesto e vocação, vá lá, mas também para se divertir. Parecia um dramaturgo, entendendo-se com a peça para que ele mesmo escreveu e, nos bastidores, rindo a bandeiras despregadas das piadas e situações que imaginou.

Seu retrato? Como fazê-lo? Vi Arsène Lupin vinte vezes e em cada uma delas era uma criatura diferente que me aparecia…ou melhor, a mesma criatura da qual vinte espelhos me teriam devolvido outras tantas imagens deformadas, cada uma com seus olhos singulares, sua silhueta inconfundível, seu gestual próprio, seu perfil, seu caráter.

Ele é de hoje, ou melhor, de amanhã.

A resposta é fácil: o acaso foi o único responsável por uma escolha em que não tive mérito algum. Foi o acaso que me colocou em seu caminho. Foi o acaso que me associou a uma de suas mais estranhas e misteriosas aventuras, o acaso, enfim, que me fez ator num drama do qual ele foi o magnífico diretor, drama obscuro e complexo, urdido por peripécias tão tremendas que hesito no momento de relatá-lo.

Onde a força malogra, a astúcia triunfa. O essencial é ter olhos e ouvidos em alerta.

De gênio, se quiser, e que não teria iluminado o cérebro de qualquer um. Desvendar num piscar de olhos os dois termos do problema – a prisão e a absolvição -, tirar proveito do formidável aparelho judiciário para acuar meu homem, para, em suma, animalizá-lo e deixá-lo num estado de espírito tal que, uma vez livre, devesse, inevitavelmente, fatalmente, cair na arapuca um pouco grosseira que eu lhe estendia…!

Se alguém os surpreendesse naquele instante, assistiria a um espetáculo eloquente: o primeiro encontro de dois mestres, ambos verdadeiramente superiores e, por suas aptidões especiais, fadados a colidir como duas forças iguais que a ordem das coisas empurra uma contra a outra.

Sim, é um homem e tanto, e um homem sobre cujo ombro eu terei o prazer de deitar esta mão que lhe estendo. Algo me diz, veja bem, que Arsène Lupin e Herlock Sholmes se encontrarão novamente, mais dia, menos dia…sim, o mundo é pequeno demais para que não se encontrem…e nesse dia…

Foto de capa: House of Chick

Edição: Clássicos Zahar, 2016

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