“Nação das plantas”, de Stefano Mancuso: quando as plantas são protagonistas da política urbana

Imagina uma cidade em que as plantas são as protagonistas do cenário urbano? Pois é. É isto que pensa esta obra do célebre botânico italiano Stefano Mancuso. Ele faz das plantas protagonistas da política urbana. Cada capítulo é um artigo da constituição que o autor redige para a Nação das Plantas, convocando a cada um de nós a reconhecer o mundo vegetal como uma comunidade compartilhada de indivíduos.

O objetivo de Mancuso é claro: sensibilizar as pessoas aos pormenores da existência complexa e necessária das plantas, esses seres tão familiares como desconhecidos pela maior parte de nós, e com os quais, entretanto, compartilhamos o mesmo mundo e o mesmo destino. A Nação das Plantas é um experimento sério de ecologia e alteridade.

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“A Nação das Plantas é a única verdadeira e eterna potência planetária. As plantas podem nos ajudar. Só elas são capazes de fazer com que a concentração de CO2 retorne a níveis inofensivos. Nossas cidades, que abrigam 50% da população mundial, são também responsáveis por produzir as maiores quantidades de CO2.As cidades deveriam estar completamente cobertas de plantas. Não apenas em parques, jardins, avenidas, canteiros de flores, mas em todo lugar, literalmente: em telhados, fachadas dos edifícios, ruas, terraços, varandas, chaminés, semáforos, grades de proteção etc. A regra deveria ser única e simples: haver uma planta onde quer que seja possível fazê-la viver.”

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Quem é Stefano Mancuso?

Formado pela Università degli Studi di Firenze (UniFI). Em 2005, fundou o LINV – International Laboratory of Plant Neurobiology, um laboratório dedicado à neurobiologia vegetal que explora a sinalização e a comunicação entre plantas em todos os seus níveis de organização biológica. Em 2012, participou do projeto Plantoid e projetou um robô para que agisse e crescesse como uma planta.

Em 2014, ele abriu, na UniFI, uma start-up dedicada à biomimética vegetal, ramo que envolve artefatos tecnológicos imitando determinadas capacidades das plantas, e desenvolveu um modelo de estufa flutuante chamado “Jellyfish Barge”. É o fundador da neurobiologia vegetal. Em 2018, recebeu o XII Prêmio Galileo de escrita literária de divulgação científica pelo livro Revolução das plantas.

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