Tudo isso é feminismo? Fernanda Melchionna combate o apagamento histórico e cultural das mulheres

Parte da Coleção Inquietações Contemporâneas, da Editora de Cultura, o título é resultado de um texto que condensa anos de estudo, militância, vivência feminista e diálogo com a população.

“Tudo isso é feminismo? – uma visão sobre histórias, lutas e mulheres” marca a estreia da bibliotecária, ativista e atual deputada federal pelo PSOL do Rio Grande do Sul Fernanda Melchionna (@fernandapsol) no universo do livro. A partir da experiência de anos da autora em debates sobre gênero, feminismo e luta das mulheres nos mais diferentes espaços sociais, sua primeira obra trabalha a história de luta por direitos das mulheres numa perspectiva classista, histórica e de combate às opressões.

Publicada pela Editora de Cultura (@editoradecultura), como parte da Coleção Inquietações Contemporâneas, a obra será lançada na 21ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty. No dia 23, quinta-feira, às 13h, Fernanda Melchionna integra a mesa de debate “Narrativas de mulheres e territórios: livros e a circulação de histórias“, que acontece às 13h, na Casa Cultural de Paraty. Após a mesa, haverá sessão de autógrafos no local.

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“Se as mulheres sentem mais as opressões e explorações de um modelo que tem condenado o futuro da humanidade, também pode nascer de nós um novo caminho. Sem modelos acabados, mas com a convicção de que é a luta que muda a vida e de que a saída é coletiva. Lutem como uma mulher!”

Guiada pela vontade de vocalizar demandas populares e a fim de compartilhar o conhecimento adquirido em anos de experiência como feminista, Fernanda aceitou o convite da Editora de Cultura para criar um ensaio para a coleção de não-ficção da casa. Segundo ela, parte da vontade de fazer esse livro acontecer surgiu da crença de que todo o material que pode contribuir para a criação de ferramentas para a luta feminista é válido.

Desbravar a história não contada das mulheres fez parte da trajetória ativista da deputada. Sua formação como feminista e política de esquerda perpassou por esse processo de desnaturalização do apagamento das mulheres e suas reinvindicações e a posterior descoberta de novas referências. Nessa lida, ela também pôde conhecer diferentes vertentes do feminismo e diversas correntes de pensamento. Por ter tido essa introdução como norte em sua trajetória, ela decidiu escrever seu primeiro livro a partir disso.

“Penso neste livro como uma narrativa que busca desnaturalizar o apagamento das mulheres da História, de suas várias lutas e dos desafios enfrentados em tempos passados. E tem como objetivo ajudar a pensar as lutas do presente e a conquistar novos futuros”, afirma a autora.

Para Fernanda Melchionna, escrever e referenciar outras mulheres é um ato político.

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Fernanda Melchionna nasceu em Alegrete (RS) em 1984 e se mudou definitivamente para a capital do estado para cursar biblioteconomia na UFRGS. Além de bancária licenciada do Banrisul, chegou a trabalhar em biblioteca escolar e considera este espaço parte essencial do processo de ensino e de aprendizagem. Também é pós-graduada em História do Brasil Contemporâneo.

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