32 anos da morte de Gonzaguinha: como foi a trágica morte do cantor?

Era segunda-feira fria, como os dias chuvosos e outonais de abril. O dia? 29 de abril de 1991. Naquele dia, o Brasil tinha que começar a semana com a notícia da morte do cantor e compositor carioca Gonzaguinha, filho do mestre do forró Luiz Gonzaga. Um dos maiores compositores da música brasileira nos anos 1970 e 1980 foi vítima de um acidente de carro quando saía da cidade de Pato Branco, no Paraná, em direção a Foz do Iguaçu. Lá, o artista iria pegar um voo para Florianópolis, em Santa Catarina, onde faria um show.

Um acidente de carro, simples, tira a vida do cantor

O último show do cantor foi em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, em 28 de abril de 1991 e ele ia em direção de outra cidade para fazer um show. Na saída da cidade, ainda no Paraná, com seu Monza em uma rodovia no sudoeste daquele estado, por volta de 7h20 da manhã, na altura de Marmeleiro, Gonzaguinha colidiu com uma caminhonete daquela cidade.

O resgate de um dentista

O jornal Diário do Sudoeste, conta que no carro havia uma pochete, vasculhada por um policial em busca de documentos, sob o testemunho de um dentista que vira o acidente. Nela havia 19 notas de um Cruzeiro e um documento de identidade. “Eles disseram: `esse aqui morreu na hora`”, lembra ele. O documento era de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Possivelmente, este dentista foi o primeiro a se dar conta de quem era aquele homem. “Mas esse aqui é o Gonzaguinha”, exclamou.

Gonzaguinha foi levado em uma Ford Pampa para o hospital Policlínica São Vicente de Paula, em Francisco Beltrão. Lá seu corpo foi fotografado por Jacir Walter, que trabalhava para o Jornal de Beltrão. O cadáver estava coberto, em uma maca. No registro, é possível ver um corte na sobrancelha do cantor.

Suas imagens foram publicadas em vários jornais do Brasil. Os negativos originais, porém, se perderam. Walter também fotografou o acidente, sem saber que Gonzaguinha estava envolvido. Os outros ocupantes do carro eram o empresário Renato Manoel Duarte e Aristides Pereira da Silva. Duarte foi o único sobrevivente. Os veículos teriam se chocado de frente quando a camionete, que vinha no sentido Marmeleiro-Renascença, dobrava a esquerda para acessar uma estrada secundária. O músico tinha 45 anos.

Os últimos autógrafos

No quarto de hotel, Gonzaguinha esqueceu alguns pertences. Eram cartas, bilhetes e cartões postais das cidades por onde passou, todos dedicados à família.

A equipe do Província já pensava nos trâmites de devolução quando a notícia do falecimento chegou. Foi Valmir quem entrou em contato com a esposa do cantor, e acabou lhe dando a notícia. Segundo ele, os profissionais de hotelaria são treinados para lidar com situações como falecimento, doença ou acidentes com hóspedes.

O último show

Ainda segundo o jornal Diário do Sudoeste, Gonzaguinha subiu ao palco pela última vez às 20h30 do dia 28 de abril de 1991, um domingo, no Clube Pinheiros, da cidade de Pato Branco. Com o salão estava praticamente lotado, segundo pessoas que estravam presentes no show.

I cantor se apresentava acompanhado apenas de um violão enquanto o público fez coro em várias canções. Segundo relatos, foi um show muito bom, em que o cantor estava animado, com toda a adrenalina e conversou bastante, sendo simpático com as pessoas.

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